Manuel Villaverde Cabral
escreve no "Observador":
[...] Cavaco Silva tem toda a razão ao recomendar aos partidos e coligações
que se mentalizem para chegar a acordos maioritários no parlamento. Se alguém
está no labirinto, é o país inteiro. Portanto, todas as formações partidárias
têm a responsabilidade, pela positiva ou pela negativa, de colaborar nesses
acordos. Já era esse o caso em 2009 mas, nessa altura o PR não teve vontade ou
capacidade de agir perante a cegueira suicidária de Sócrates que nos fez cair—ele,
o PS e nós por fim—no abismo. Daí, essa vertigem do poder e essa recusa
negocial, é que criaram o desgastante e improfícuo regime de crispação agónica
em que temos vivido deste então.[...]
Não posso estar mais de
acordo com o citado. É totalmente claro neste momento que das próximas eleições
não vai resultar nenhuma maioria absoluta—felizmente para a Pátria, porque fosse
ela qual fosse seria sempre muito má. Sendo assim, é de todo desavisado começar
desde já a criar um clima de crispação que inviabilizará qualquer partilha do
poder ou acordo depois das eleições.
Deste ponto de vista, o PS
tem tido comportamento muito mau; primário mesmo. Costa, que é um troglodita
político manipulado pela ordem da jarreteira socialista da ética republicana,
cada vez que abre a boca, fecha mais uma porta para um entendimento futuro. Não
admira—Costa é aquele flop que só
tarde e a más horas percebeu as anedotas que eram o Syriza, o Tsipras e o Varoufakis.
Não se pode pedir-lhe mais.
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