Segundo o "Guardian", Tsipras terá eructado no
Parlamento grego a seguinte peça oratória em defesa do inenarrável Varoufakis:
"Yanis Varoufakis pode ter cometido erros, todos nós os fazemos. Pode ser
acusado quanto quiserem pelo seu plano político, as suas declarações, o seu
gosto por camisas, pelas férias em Aegina. O que ninguém o pode acusar é de
roubar o dinheiro do povo grego ou ter um plano encoberto para levar a Grécia
para o precipício".
Não é mau: Varoufakis fartou-se de fazer burrices, usa
camisas horríveis, passa férias burguesas em Aegina (para um radical genuíno
nada é de mais), mas não roubou dinheiro ao povo, nem estava empenhado em
enterrar os gregos vivos.
O padrão de exigência de Tsipras para um político é
benevolente—só precisa de não roubar e enterrar os compatriotas apenas depois
de mortos—uma das obras de misericórdia.
A insolência arrogante como ministro
das finanças de um País arruinado por falta de cabeça, o modo como enterrou o
quase nenhum crédito desse País, e a condição de putrefacção económico-financeira que deixou
como legado da sua passagem meteórica pelo Governo helénico não interessam a
Tsipras. Pelo menos, devia preocupar-se com as camisas horríveis que
trocavam os olhos aos colegas do Eurogrupo.
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