Num
artigo do "The Atlantic", com o título "Has Physics Made
Philosophy and Religion Obsolete?", lê-se este trecho, que traduzo tão bem
como posso:
O artigo inclui uma entrevista com o físico teórico Lawrence Krauss, da Universidade do Estado de Arizona, que numa
extraordinária palestra em 2009 (pode ser vista e ouvida no YouTube),
diz, a páginas tantas: Os cientistas gostam do
que não sabem para aprender, ao contrário dos religiosos cuja excitação
consiste em saber tudo. Não comento a
posição de Krauss, mas ela resulta do facto de cada vez mais o campo da
Teologia e da Filosofia ser cada vez menor, de acordo com alguns, incluindo
Krauss, autor dum best-seller (A Universe from Nothing: Why There Is
Something Rather than Nothing).
Não está em causa saber
onde acaba a Teologia e a Filosofia e começa a ciência. Já todos vimos que a
fronteira é móvel, com a ciência a aproximar-se cada vez mais das origens. Mas não
sabemos se algum dia parará. Antes de Lemaitre era impensável a origem do
universo num ponto de diâmetro zero e antes de Hubble a expansão permanente
desse mesmo universo. Quem pode hoje prever onde vai parar a fronteira da
ciência com a Filosofia e a Teologia? Ninguém. Só palpites.
.
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