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Todos os anos, no Verão, depois de 2 meses de estadia na Europa, os andorinhões deixam os poleiros e migram para a África Central, ou Ocidental. Voltam apenas no Julho seguinte e passam esses 10 meses quase continuamente no ar. Podem viajar para África, mas as suas patas nunca pisam solo africano.
Alimentam-se no ar, acasalam no ar, apanham os materiais para o ninho no ar. Podem pousar em ninhos, em ramos de árvores, em casas, mas jamais pousam no chão — as asas são demasiado compridas e as pernas demasiado curtas para descolarem duma superfície plana. São dos mais completos aeronautas da natureza, soberbamente adaptados à vida passada no ar.
Susanne Åkesson e o seu marido Anders Hedenström, da Universidade de Lund, na Suécia, em 2013, fixaram aparelhos de registo muito leves em 19 exemplares de andorinhões e conseguiram recuperá-los um ou dois anos mais tarde, com informação sobre as condições de luminosidade local às diferentes horas, o que permitia conhecer a posição geográfica; sobre a aceleração; e sobre a actividade e posição do corpo, o que dizia se estavam a voar ou não. Tais dados permitiram concluir que os andorinhões quase nunca estavam inactivos durante a longa migração. Por exemplo, entre Setembro de 2013 e Abril de 2015, uma das aves repousou a noite toda apenas 4 vezes, em Fevereiro. No ano seguinte, nunca repousou a noite toda e, no mesmo período, só parou 2 horas! Uma coisa extraordinária!
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