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Crânio com sinais inequívocos de violento traumatismo
O Programa das Nações Unidas Habitat (UN Habitat), prevê que o Homo
sapiens será em breve uma espécie maioritariamente urbana: 60% dos homens e mulheres viverão em
cidades no ano 2030. Dez milénios de
adaptação mudaram a nossa vida — de mais ou menos selvagens free-range, a citadinos.
Em termos de evolução, trata-se de uma
mudança de habitat feita às cegas e, para tentar perceber o que significa,
restam-nos a História e as informações obtidas no estudo dos restos mortais do homem
antigo.
Tal vai sendo feito, com
algumas surpresas. Como exemplo — e por isso falo disto —, refira-se que dados
recentes da avaliação de ossadas mostram
que a morte violenta era muito mais frequentes nos grupos free-range, equivalentes humanos à galinha pica-no-chão, que nos habitantes de comunidades precursoras da actual cidade.
É surpreendente porque o
facto parece contrariar o que se verifica na actualidade, em que a violência
aumenta em proporção directa à dimensão dos aglomerados populacionais. Pelo menos é a ideia que se tem; provavelmente errada.
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