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Geologicamente, os terramotos são uma constante na evolução contínua do planeta. Para os japoneses, são simplesmente uma constante. Por ano podem ocorrer centenas, quase sempre apenas perceptíveis. Deslocam os quadros nas paredes, fazem tilintar as loiças na mesa, mas raramente fazem parar uma conversa.
Muito do que é ameaçador na vida da Terra, muito do que leva a catástrofes que habitualmente designamos bíblicas – terramotos, tsunamis e vulcões – é resultado do incessante movimento das placas tectónicas. Muita da volatilidade geológica de que nos apercebemos ocorre ao longo do que se chama Anel de Fogo, arco que atravessa o Oceano Pacífico, da costa Oeste dos Estados Unidos, à costa Leste da Ásia (Figura). O processo de deslizamento duma placa por baixo de outra é especialmente perigoso ao longo do Anel de Fogo.
A placa do Pacífico, a maior a Leste do Japão, desloca-se 9 cm, mais ou menos, por ano para baixo de Honshu, a principal ilha do Japão e empurra a placa superior até ocorrer uma ruptura e o terramoto. O da semana passada, ao largo da costa da cidade de Sendai, foi o mais violento da História do Japão, e pensa-se ter sido o quinto mais forte dos que foram registados pela humanidade.
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