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Já todos terão reparado no novo Fiat 500 que começou a circular pelas cidades com densidade anunciadora de relativo sucesso da marca. Poucos se lembrarão das raízes desta máquina, e menos ainda terão visto o seu antepassado, a origem da espécie, o Fiat 500 Topolino, carro do povo italiano.
O Topolino nasceu em 1936 e resultou do acordo entre o senador Agnelli, fundador da Fiat, e Mussolini. O ditador queria um carro barato no preço e no consumo, ao alcance da população transalpina, para encher as auto-estradas; e Agnelli encarregou Dante Giacosa, jovem engenheiro de motores de avião de fazer o projecto. Pretendia-se um preço de 5.000 liras por cada unidade, mas tal revelou-se impossível. Acabou por custar 8.500 liras, cerca de 500 dólares. Foi uma coqueluche.
Giacosa, que além de engenheiro, era excelente desenhador de carros, foi ainda autor de outra celebridade, o Fiat 600. Mas o seu nome fica na história do automobilismo com o Cinquecento Nuova, o Fiat 500 de 1957, expoente genial dos carros pequenos, verdadeiro símbolo da vida italiana, a par com a Vespa, a pizza e a pasta.
Neste momento, o Fiat 500 (2007), da autoria de Roberto Giolito, inspirado no Fiat Trepiuno, de 2004 (tre piú uno, o que tem a ver com a lotação), é fabricado na Polónia e no México e está na ribalta. É engraçado e caro. E, para gente da minha idade, jamais surgirá coisa igual ao Topolino! Tem o sabor das histórias do Tintin.
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Em cima, o Topolino e a notícia no "New York Times" anunciando o lançamento. À esquerda o Cinquecento Nuova, de 1957. Em baixo, à direita, o Fiat 500 de 2007, inspirado no Trepiuno.
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Em cima, o Topolino e a notícia no "New York Times" anunciando o lançamento. À esquerda o Cinquecento Nuova, de 1957. Em baixo, à direita, o Fiat 500 de 2007, inspirado no Trepiuno.
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