domingo, 27 de março de 2011

O IMPENSÁVEL E A REALIDADE

O texto que se transcreve a seguir é o início da crónica de Alberto Gonçalves no “Diário de Notícias” de hoje. Está acessível a todos na Net, mas é incluído aqui a fim de alertar para a sua publicação, por se tratar de peça onde a realidade política é retratada com precisão e humor. Diz assim:
O dia em que o Governo cessou funções "normais" serviu para os socialistas culparem o PSD pela crise financeira, pela crise económica, pela crise política, pela destruição do Estado "social", pela entrada do FMI e pela perda da soberania pátria. Não os ouvi culparem o PSD pela tuberculose infantil e pelos terramotos no Japão, mas é possível que o tenham feito. Sempre é uma variação da época em que a culpa ia direitinha para a Grécia, para as agências de rating ou para a Alemanha, consoante as enrascadas e a manha.
O estilo, porém, é o mesmo. E o estilo da tropa que hoje manda no PS consiste em elevar a mentira a um ponto que lhe retira qualquer ligação à realidade. O eng. Sócrates e seus discípulos acham-se impunes para dizer o que calha, incluindo acusar o adversário do desastre que eles próprios fabricaram. No fundo, é isto: a penúria que nos espera não se deve a quem a criou ao longo de seis anos, mas a quem impediu os respectivos criadores de prosseguirem o trabalho. Os pirómanos acham-se com a capacidade - e com o direito - de apagar o incêndio. [...]

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