domingo, 26 de outubro de 2014

QUEM SOMOS

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Este é um dos poucos casos em que se trata seriamente neste espaço uma matéria séria. Transcrevo a seguir um excerto da crónica de Alberto Gonçalves no DN de hoje porque merece divulgação; para saber quem somos.

O primeiro-ministro foi a Coimbra homenagear os soldados mortos na I Guerra. O apreço que o governante inspira é discutível, mas nenhum homem decente discute a consideração devida aos desgraçados que, enviados por tiranetes para defender valores que lhes eram obscuros em lugares que ignoravam, aí terminaram os seus dias. Claro que o conceito de decência não inclui as "dezenas de professores e encarregados de educação" (cito as notícias) que aproveitaram a oportunidade para vaiar o Dr. Passos Coelho.
O tema não favorece ironias: os manifestantes, que provavelmente não representam nada além da boçalidade terminal, também não suscitam outra coisa que não o nojo. Dado que terão abundante tempo livre, são igualmente livres de insultar os senhores no poder quando e onde lhes apetecer - excepto em momentos assim. As suas causas, importantíssimas ou ridículas, não valem um fio de cabelo de cada militar caído na Flandres. E nem sequer tem graça constatar a grotesca contradição dos slogans que empunhavam: "Não há progresso sem conhecimento", ou "respeitar os portugueses exige outra política". Conhecimento é justamente o que essa repugnante gente não possui, e respeito é o que não merece.
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