Há anos corria a moda de colocar autocolantes humorísticos nos vidros dos carros, quase todos importados de Espanha. Recordei-me de um deles, e já explico porquê, que dizia assim, descontados os erros no castelhano:"Señor ladron por favor no robe mi coche: robe otro. Gracias".
Hoje leio num jornal estrangeiro que
um estudo aprofundado com ovelhas, utilizando aparelhos de GPS individuais, mostra que quando aparece um predador, os animais
não fogem dispersando-se, como é comum pensar-se, mas pelo contrário, cada um procura
refugiar-se no centro do rebanho onde está menos exposto a ser o caçado. Isto
é, "Senhor lobo não me coma a mim: coma outro. Obrigado".
É o extinto de preservação da vida,
consubstanciado na frase frequente quando se ouve a notícia de uma morte —
"Antes ele que eu"!
O homem — e a mulher, claro — como
dizia há dias, é o animal mais inteligente do universo, ou julga que é. Tem
actos de nobreza e coragem. Mas, bem no fundo, ainda não conseguiu libertar-se
de tiques que fazem lembrar os borregos. Ou são os borregos que fazem lembrar o homem?
.
Sem comentários:
Enviar um comentário