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A
imagem de cima foi gerada num computador e explica como funciona o Large Hadron
Collider (LHC) do CERN, em Genebra. Partículas do núcleo dos átomos — protões — são aceleradas até velocidade próxima da luz em sentidos opostos.
Quando os investigadores entendem, em locais
especiais do circuito equipados com múltiplos censores, como o da imagem, os protões colidem frontalmente e
fragmentam-se, sendo feitos registos do que resulta das colisões, uma multidão de
"cacos".
Num
segundo podem ser registados dados para encher 1.000 discos de um terabyte (999.501.334.220.456
bytes) de capacidade, informação
maior do que a de todas as bibliotecas do mundo juntas — um terabyte pode corresponder aproximadamente
à memória conjunta de 250 computadores médios.
O trabalho
ciclópico vem depois e consiste em filtrar a informação e analisar os
resultados: separar o que já é conhecido do que é novo. Assim se identificou o
bosão não observado até agora, com características que podem corresponder ao
que Higgs imaginou teoricamente.
Como diz Lawrence
Krauss, da Universidade do Arizona, a descoberta da "partícula de Deus"
não vai resultar em melhores torradeiras, nem em carros mais rápidos. Mas é
gratificante para o homem constatar a capacidade da mente para perceber os segredos da natureza. Muito mais do que
ganhar 100 ou 1.000 medalhas de
ouro em Londres, digo eu.
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