Há 10.000 anos, éramos 5 milhões instalados nesta bola
chamada Terra. Em 1900, chegámos a 1,6 mil milhões. No ano 2000, passámos a ser
6,1 mil milhões. O ano passado, mais de 7 mil milhões. Em 2050, ultrapassaremos
os 9 mil milhões. Muita gente para uma bola tão pequena!
Que vai acontecer? Ninguém sabe. Em 1798, Malthus estava
preocupado —
passaram mais de 2 séculos e estamos cá todos, não muito bem, mas não pior que
Malthus e seus contemporâneos. Não há limite teórico para a população mundial,
está à vista. Haverá limite prático? Era bom conhecer a resposta, mas ninguém
conhece.
Nenhuma medida concebida pelo homem para limitar o crescimento
da população funciona — nem na China, com a política de um casal/um filho. Mas na
China, na Índia, na Indonésia, blá, blá, blá, o crescimento demográfico está a desacelerar.
Como assim?!
À medida que melhoram as condições económicas, sociais e educacionais, a fertilidade diminui. E a melhoria de tais condições
acompanha-se da produção de mais recursos — alimentos, energia, água
potável, etc.
Trata-se então, como dizia há 4 dias, de fenómeno não linear.
Malthus, provavelmente, com a teoria do crescimento geométrico da população e
aritmético dos recursos, estava a calcular quanto irá chover amanhã tendo por
base o que choveu hoje. Não pode! Malthus estava errado? É possível.
Dizer que o crescimento permanente da população é
insustentável estará correcto. Mas tudo leva a crer que a natureza trata disso.
O homem, tão inteligente que é, não sabe como fazê-lo — nem sequer consegue resolver essa
trapalhada da Síria, quanto mais isto!
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