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A passada semana viu nascer mais uma edição do dicionário
gigante chinês "Xinhua", a 12ª. A obra começou a ser publicada em
1953 e é um dos maiores best-selling do
mundo: com a publicação da 10ª edição, em 2004, completou-se a impressão, desde
1953, de 400 milhões de volumes. Depois disso saíram mais duas, mas não há
informação na Net sobre em quanto já vai o número agora.
É o compêndio
oficial da língua mandarim e tem 711 páginas. Desta vez, e é a primeira, tem
calões e termos da Net, uma surpresa num dicionário formal em que tal era
proibido até agora. Mas continua a omitir tudo que possa ser ligado com Tianamen,
a palavra camarada não inclui a acepção de homossexual que tem na China, a entrada
shengnv para solteirona
também não aparece e um ror de outras subtilezas mal explicadas.
Em compensação, tem 3.000 palavras novas, e muitas acepções também novas,
incluindo a de "pessoa banana" para chineses americanos — amarelos
por fora e brancos por dentro — o que na América não é considerado pejorativo.
E, naturalmente, 46 citações de Mao, que em tempos figuraram na obra,
foram pelo cano abaixo. É a vida.
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