Já deu para perceber que não sou grande adepto deste Governo, e menos ainda do seu farol, o Relvas. Tal Governo faz o que a Maçonaria, o Relvas, os escritórios de advogados e os grandes empresários deixam fazer, em doses estudadas e homeopáticas para manter as aparências e tudo ficar na mesma. Naturalmente que as pessoas sentem isso e não gostam.
Mas não faz parte do património genético dos portugueses a espontânea manifestação popular de desagrado tosca e insultuosa. E tais manifestações, toscas e insultuosas, com poucas dezenas de participantes, seja em Lisboa, seja na província, ocorrem agora com a regularidade de um relógio suíço onde quer que vá um governante.
Fica claro que são protagonizadas pelo piquete de
urgência "anti-qualquer governo" do Partido Comunista, que se
desdobra em actividade manifestante, sem sono nem descanso.
É mau isto, pela mesma razão que é mau quando esse
expoente da falta de senso comum, D. Januário Torgal Ferreira, abre a
boca para debitar bitaites pouco elevados para os jornalistas sequiosos de
burrice e escândalo. Já ninguém liga às manifestações PCPianas e às eructações
de D. Januário e, por esse caminho, qualquer genuína manifestação futura está
condenada ao descrédito. É como quando a Al Qaeda se mete em movimentos contra
ditaduras —
descredibiliza e lixa tudo, para usar linguagem de Primeiro-Ministro. O mau é
que o camarada Arménio Carlos é pior que a emenda e o soneto juntos.
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