quinta-feira, 19 de julho de 2012

SÓ JOTINHAS CACIQUES E IGNORANTES

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Manuel Maria Carrilho escreve às quintas-feiras no "Diário de Notícias", e escreve habitualmente bem; se excluirmos uma nota desafinada aqui e ali. Hoje diz assim, a páginas tantas:
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[...] Quando a história se repete, dizia Marx, depois da tragédia vem a comédia. Assim é, mais uma vez. Mas ao transformar a tragédia da licenciatura de José Sócrates numa comédia, Miguel Relvas faz mais: ele banaliza o que ainda assim se supunha excecional, reforçando o dano brutal que tudo isto tem causado ao País. Arrastando assim a classe política para um patamar inédito de descredibilização, como se toda ela se dividisse entre suspeitos e culpados, entre cúmplices e reféns. [...]

A nota desafinada do Professor Carrilho, neste caso, é a insinuação de que a classe política em Portugal - falo só na que conheço - não "se divide toda ela entre suspeitos e culpados, entre cúmplices e reféns".  Quem são os outros, Professor Carrilho? 
Faço-lhe a justiça de o considerar entre esses outros, mas o Senhor também foi levado pela força da mediocridade reinante, que vai atirando para a prateleira quem tem alguma estatura - e são muitos! O que ficou foi um grupo de jotinhas, políticos de chocadeira, alimentados desde o biberão com caciquismo, incultos e sem experiência da vida, diplomados por universidades particulares criadas para vender diplomas a troco de favores políticos e dinheiro mal ganho.
O Senhor reconhece depois que o seu PS, ou o ex-seu PS, também está metido nisto até aos colarinhos, do que ninguém tem dúvidas. Perante tal quadro, acha que nas próximas décadas alguém decente e com estatura para governar um país se vai apresentar a alguma eleição? Quem está nessa situação talvez ainda vote, no máximo para guardar as aparências. Mas tenho a certeza que o faz com uma mola no nariz.
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