O número entrou na tradição de quase tudo, desde
especuladores da bolsa, até artistas, astrónomos, jogadores de pocker, blá, blá,
blá. Procure um nadinha na Net e vai ver
a quantidade de coisas em que o número mágico é usado. Chegados aqui,
pergunta-se: donde veio essa criatura, representada pela letra grega ⱷ (lê-se Fi)?
Foi Euclides de Alexandria que deu fama ao 1,618.
Euclides gostava muito de pentágonos regulares—também dava um jeito nos
irregulares, mas a fé era mesmo nos regulares—e observou coisas fascinantes na
figura geométrica.
Por exemplo, se unirmos dois vértices não contíguos dum
pentágono, a linha de união é igual ao lado vezes 1,618. E se fizermos isso com
todos os vértices, temos muitos triângulos—e até outro pentágono mais pequeno—e
a relação entre lados menores e maiores é sempre de 1 para 1,618.
Euclides
verificou que, se quisesse dividir uma tábua em duas mais pequenas, de modo a que a relação entre a tábua inteira
e o bocado maior fosse igual à relação entre o bocado maior e o mais pequeno,
bastava dividir o comprimento da tábua inteira por 1,618 para saber qual devia
ser o comprimento do bocado maior e, por exclusão de partes, do menor. Também
podia confirmar dividindo o tamanho do maior por 1,618.
O número mágico tornou-se em mito que chegou até ao
Século XXI e há-de chegar mais longe ainda. Uma coisa é certa: já arruinou muita
gente, a começar por jogadores da bolsa, de pocker, de futebol, de bisca
lambida, da lotaria, e a acabar em gestores, aviadores, blá, blá, blá e políticos—sobretudo
ministros das Finanças. O Dr. Vítor Gaspar Gaspar, pelas minhas contas, também deve
ter fé no Fi. Se é esse o caso, prepare-se porque para o ano vai pagar o IRS deste
ano multiplicado por 1,618—faça já as contas.
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