O PGR, Pinto Monteiro, enviou recentemente ao
Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) todos os elementos
de que dispunha no âmbito do caso Freeport e solicitou que se apure a eventual
intervenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates.
“O procurador-geral da República já remeteu à directora do DCIAP, Cândida
Almeida, os elementos em poder da Procuradoria-Geral da República - cópia do
acórdão do Tribunal Colectivo do Montijo e um CD contendo a gravação áudio da
prova testemunhal produzida em julgamento”, disse ontem ao PÚBLICO a PGR.
[...]
[...] No final de Julho, os juízes do Tribunal do Montijo absolveram os dois arguidos no processo, Charles Smith e Manuel Pedro, do crime de extorsão, mas ordenaram a extracção de uma certidão para que sejam apurados “todos os factos” relativos à eventual intervenção de José Sócrates no caso e a existência de alegados pagamentos ao então ministro do Ambiente. Os juízes consideram que resultaram do julgamento “fortes indícios” de suspeitas de corrupção no Ministério do Ambiente e na administração pública à data do licenciamento do outlet de Alcochete. Para essa convicção contribuíram os depoimentos de três testemunhas consideradas credíveis e que referiram em tribunal que o antigo primeiro-ministro recebeu pagamentos em dinheiro para viabilizar o projecto [...]
No caso do Zezito, é mais que evidente tratar-se de
coisas afins, está bom de ver. E coisas afins são coisas afins, pronto! Afim é
o que tem muita semelhança (com), é análogo (a), idêntico (a), semelhante (a),
dizem os dicionários)—isto é, anda lá perto. Mas atenção: não é igual! E é aqui
que está o busílis para a candidez—a certidão dos juízes do Montijo fala de "fortes
indícios" de suspeita de corrupção, claramente um "afim". Por
isso, o Zezito não pode ser molestado. Aí está!
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