quinta-feira, 24 de abril de 2014

DINHEIRO SUJO

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Investigadores da Universidade de Nova Iorque realizaram a análise do ADN presente em 80 notas de banco dos Estados unidos. A ideia era saber que germes as mãos dos americanos deixam nas notas e daí deduzir os riscos epidemiológicos da cidade. Encontraram ADN de cerca de 3.000 tipos de bactérias, umas inofensivas, algumas poucas não identificadas, mas outras capazes de nos fazer lavar as mãos cada vez que tocamos uma nota de dólar americana.  
O número é muito grande mas uma nota guardada na carteira de cabedal metida no quentinho do bolso é melhor para uma bactéria que a placa de Petri, nome da caixa de vidro onde são cultivadas em meio de cultura numa estufa.
A bactéria mais frequente, curiosamente, foi o agente da acne juvenil, Propionibacterium acnes, seguida por outras vulgares na pele, sem efeito patogénico. Mas havia também estafilococos, incluindo o facínora Staphylococcus aureus meticilina-resistente, resistente primeiro à penicilina, depois à meticilina e depois a muitíssimos antibióticos, causa de graves infecções hospitalares. 
Sendo o dinheiro viajante frequente, um dos mais frequentes, constitui meio privilegiado de disseminar doenças infecciosas pelo mundo, do Botsuana a Paris, de Londres à Austrália.
Num estudo de 2010, incluindo notas de 10 países, Austrália, China, Reino Unido, México, Irlanda, Estados Unidos, rebabá, os resultados são sobreponíveis pelo que devem ser adoptadas medidas em relação a algumas profissões, nomeadamente médicos e enfermeiros, em quem toda a gente bate, mas também a quem manipula alimentos, fabrica próteses, faz tatuagens, barbeia queixos masculinose alguns femininose por aí fora.
Moralidade da história: pague tudo com cartão Multibanco, desde o almoço na "Tasca do Gordo" até à estampilha, e não lamba esta antes de a colar na carta—"escupa" de longe.
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