Toda a criatividade será uma viagem irracional que
permite ver coisas fora de nós, coisas novas que escapam a mentes espartilhadas
pela "normalidade".
Platão achava a loucura um dom divino, alimento
do êxtase poético. E a história mostra-nos exemplos de loucura e génio
artístico de braço dado em todo o mundo. Desde van Gogh, ele próprio doente, provavelmente
de porfíria aguda intermitente, agravada por hectolitros de absinto, até artistas
como Vittore Carpaccio, Albrecht Durer, Gustave Courbet e muitos outros que
tomaram as psicoses e os tratamentos da época como tema para suas obras; a arte
e a doença mental são companheiras de longa data.Os artistas não têm necessidade de ser malucos e nem
sempre são, diga-se, mas—mostra a experiência—a loucura ajuda. Quando se sentir
muito inspirado, é melhor consultar um psiquiatra.
Na imagem em cima vê-se o autorretrato de van Gogh com o
penso no local da orelha que ele próprio cortou num acesso de insanidade, dando
origem ao folclore mundial da "van Gogh's ear" que serve para tudo,
desde marca de bebida até nome de restaurante ou discoteca; e depois, à direita e em baixo, quadros
de Theodore Gericault e Gustave Courbet sobre loucos, sendo que o segundo,
intitulado "Homem Desesparado" é ele próprio, Gustave.
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