António Costa sabe o que quer, tem ideias claras e
exprime-as de forma cristalina. Dá gosto ouvi-lo, pois ouvir Costa é como
acender uma luz em dia de eclipse. Leio que em Setúbal terá dito sobre a questão actual da Europa e
da Grécia:
i) «Não é uma questão de ser radical ou não ser
radical, não é sequer uma questão de ser de esquerda ou ser de direita, é uma
questão de ser patriota e de ter ou não ter centradas as atenções na defesa dos
interesses da economia nacional».
ii) «A melhor forma de defender o projecto europeu,
de defender o euro, é criar condições para que no campo democrático dos
defensores da integração europeia, dos defensores do euro, seja possível criar
alternativas que reforcem a Europa e que reforcem o euro».
iii) «Se não criarem alternativas entre os
defensores do euro e os defensores da Europa para uma nova política, essas
alternativas surgirão não entre os defensores da Europa, mas entre os inimigos
da Europa, não nos defensores da democracia, mas nos defensores do radicalismo,
não nos defensores do euro mas naqueles que querem combater o euro».
A isto acrescento, se me permitem, que a mãe do caçador
era também o pai do cão.
Costa, se não falasse, indiscutivelmente ia ter um
resultado razoável nas próximas eleições. Com estas soluções e esta eloquência, vai
ser um êxito: não há cabo de esquadra que não vote nele.
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