Leio que as reservas de ouro do Banco de Portugal valem neste momento 12.147 milhões de euros—são 383 toneladas em barras. É muita massa! Mas já foi mais: em 1974, eram 865,936 toneladas que valeriam hoje quase 27.500 milhões de euros.
Felizmente, conseguimos gastar mais de metade e só se
lamenta que não tenha ido já todo. Digo isto porque aquilo era fruto de
miserabilismo aforrador e poupar é a pior coisa que há em matéria económico-financeira.
O dinheiro é como o ar—temos de o movimentar para respirar e, se não o
fizermos, morremos asfixiados.
Quando acaba e não temos mais, usa-se uma bala de
oxigénio emprestada por uns tipos rascas chamados usurários: gente que se
dedica a explorar povos que respiram muito fundo 24 horas por dia. O único problema,
às vezes, é que os bandidos, perdão, os usurários vêm falar em pagar os
empréstimos. AGIOTAS !!!... Não entendem que as pessoas precisam de respirar
para não morrer em anoxia.
Vivemos num mundo cão: uns a precisar de oxigénio e
outros a atirar com a bala do dito só porque querem que respiremos menos fundo,
vejam lá! Como se esta coisa de respirar fundo fosse um luxo e não um direito
inalienável da cidadania, quase tão sagrado como a igualdade, a liberdade e
a fraternidade! Não posso garantir, porque não tenho aqui um exemplar à mão,
mas tal direito deve estar consagrado na Constituição que pela Graça de Deus nos rege. Seguramente—acho eu.
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