Não sei se já ouviram falar dum relatório do PS chamado "Uma Década Para Portugal", mas se não ouviram, espero que continuem a não ouvir porque aquilo afigura-se coisa parecida com previsões da Maya e já explico porquê.
Hoje li uma peça sobre Filosofia da Ciência com a pergunta "A Economia é uma ciência?", em que uma das respostas, de um senhor chamado David Crossley (há vários com este nome e suponho ser este ambientalista), diz o que eu pensava antes de a ler. Em resumo, reza mais ou menos assim:
As principais correntes económicas acreditam em coisas que não são necessariamente verdades. A Economia não é ciência—é uma religião em crescimento. Encoraja as pessoas a conseguir crescimento constante num planeta com recursos finitos. Como o criacionismo, é antes de tudo um conjunto de crenças. Embora isto não signifique que sejam todas falsas, não constituem uma ciência.
Na Economia, a peer review—revisão por pares ou paritária—é feita exclusivamente por outros economistas, ao contrário das ideias e teorias científicas, escrutinadas por toda a comunidade, especialistas e não especialistas. E a teoria económica não é facilmente verificada pela repetibilidade ou reprodutibilidade, um dos pilares da ciência.
A economia é, de facto, um passatempo perigoso, tal com é praticada pelas principais correntes da crença e como é "vendida" à população—leiga e desprevenida—e aos responsáveis das nações.
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