O inefável, inimitável, insubstituível, indispensável e impagável Varoufakis—fralda de fora, camisa de cor forte aberta, mochila e moto Yamaha 1300, cachecol Burberry® e gravatófobo militante—anunciou ao mundo que nenhum país, incluindo a Grécia, devia ter aderido ao euro. Onde se lê que a Grécia não devia ter aderido ao euro, leia-se que devia ter arranjado maneira de mamar na teta do Eurogrupo sem pagar raspas de volta, o que procura fazer agora. Como diz um comentador da notícia, os gregos só querem que a Europa os sustente. Só isso, o que se afigura pouca coisa. Nous sommes tous des grecques.
Numa entrevista interessantíssima (pode ler aqui!)
informa-nos que, embora conste terem-no chamado de "jogador", sem
ofensa para os jogadores, "amador" e "aventureiro" na
última reunião do Eurogrupo, afirma nunca ter ouvido tais elogios dos 28 colegas.
Varoufakis está a precisar de um aparelho Sonotone.
Quando do saudoso PREC (pós 25 barra 4), o Secretário de
Estado americano Kissinger achava que se devia deixar amadurecer a circunstância até à
putrefacção, a fim de Portugal constituir uma lição para o resto da Europa. À
Grécia actual, os países ricos do Eurogrupo—com a Alemanha à cabeça—parece
estarem a reservar esse fado. Com Tsipras e Varoufakis, tempo virá em que
a Christie's leiloará em hasta pública o Partenon e o Templo de Zeus para comprar
pãozinho e o tô para os estimáveis helénicos cidadãos.
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