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De acordo com o despacho do juiz Carlos Alexandre que determinou
a prisão preventiva de Carlos Santos Silva e do Zezito, entre 16-09-2013 e
03-11-2014—pouco mais de um ano—foram feitas, no mínimo, 37 entregas de
dinheiro vivo, pelo primeiro ao segundo, num total entre 341.000 e 521.000
euros, a um ritmo alucinante.
Por exemplo, em 2013, a 16 de Setembro, foram entregues € 5.000; a 20 do mesmo mês, 10.000; a 27, mais 10.000; a 4 do mês seguinte, entre
10.000 e 50.000; e, cinco dias mais tarde, entre 10.000 e 100.000! A informação
consta no livro "Cercado—Os dias fatais de José Sócrates", da autoria
do jornalista Fernando Esteves, publicado recentemente.
Não sei o que mais me abisma: se os montantes
"estafados" pelo Zezito enquanto o Diabo esfregava um olho; se a
falta de prudência na circulação mais que suspeita do dinheiro;
se a justificação agora achada pelos arguidos para a sua ocorrência. Eram
amigos; um tinha dinheiro e o outro não; este outro—sem dinheiro—fazia despesas
inenarráveis em Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno—pelo menos—e
o outro mandava-lhe o seu dinheirinho em cash
e pela mão de João Perna, porque não confiava nos bancos, dentro de enormes
envelopes reforçados para aguentar o peso de montantes everésticos. E ficava tudo registado numa pedra de gelo exposta
ao sol. Óh égua!...
Não sei qual será o desfecho deste caso e pouco me
importa porque, afinal, aquilo de que o Zezito é suspeito, em boa verdade, é insignificante,
se considerarmos as jericadas feitas como Primeiro-Ministro de Portugal. O homem
pôs-nos na penúria, eventualmente para se governar; mas sobretudo por ser um
saloio deslumbrado, novo-rico e incontinente na alarvice do desfrute da "cidade"
conquistada.
Que o Todo Poderoso nos livre—para sempre—de parolos deslumbrados.
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