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Contam-me que, em tempos, havia na Escola Naval um
professor de natação que obrigava os alunos a nadar "em seco", em
cima dum banco. Quando estes se atiravam à piscina ali ao lado e mostravam como
nadavam na água, o professor dizia: "Aí não me interessa. Quero é ver no
banco".
Lembrei-me disto ao ler uma notícia sobre Mourinho e o
antigo jogador e treinador holandês Gullit. O Chelsea, clube que não ganhava a Liga inglesa
há 50 anos, em quatro anos em que Mourinho o treinou, ganhou três vezes. Isto,
além do currículo impressionante de Mourinho, com outros títulos em Portugal, Inglaterra,
Itália e Espanha, países onde se joga futebol descalço e com bola de trapos, como é sabido.
Pois o tal Gullit disse ontem, logo a seguir a Mourinho ter
ganho mais um título na Liga inglesa, mantendo-se em primeiro lugar desde o
início da competição, que tem pena dos jogadores do Chelsea. E acrescentou que
não se pode apontar nada ao técnico, no que toca a resultados; mas, com os
jogadores que tem no plantel, "devia praticar um futebol muito mais
atraente". Isto é, o Chelsea é um clube que ganha muito no campo, mas
Gullit—exemplo típico de treinador falhado—quer é ver o Chelsea no
banco do professor de natação da Escola Naval. Que grande besta, digo eu. Para
ser delicado, acrescento.
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