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Já fomos chimpanzés, já fomos australopitecus, Homo erectus e hoje somos Homo sapiens. Foi a evolução,
condicionada pela selecção natural, a responsável por esta extraordinária
marcha. E daqui para a frente? Vamos continuar a evoluir? E, se sim, como será
essa evolução? Não é fácil responder, mas uma coisa é certa—jamais a nossa
evolução será como antes e é fácil explicar porquê.
A evolução tem sido feita à custa da selecção natural dos
mais aptos. Muitos com tendência genética para enfermidades graves
desapareceram; quem tinha encéfalo minúsculo também—ou quase; quem vota Syriza
está em vias de desaparecer; os que querem fazer mal ao Sporting também se extinguirão
porque Bruno de Carvalho não os deixa dar largas à vocação e por aí fora.
Mas o homem moderno está a empatar a evolução e, por
isso, esta já não é o que era, ou seja, natural. Muitos dos que têm tendência
genética para alguns cancros sobrevivem se tratados, reproduzem-se e transmitem
a tendência a múltiplas gerações, os mais burros são eleitos deputados, procriam
e geram novos deputados e por aí fora. Portanto, o homem anda a meter um
pauzinho na engrenagem da evolução, coisa com que Darwin não contava.
Mas Darwin morreu e não se vislumbra alguém capaz de
formular as novas regras da evolução que, como era expectável e o nome indica,
também evoluiu. Ou seja, é necessário postular as normas da evolução da
evolução, o que parece pleonástico mas não é.
Em resumo, e para não me alongar muito, a austeridade
acabou na Grécia às 17 horas de hoje (TMG) e os gregos vão deixar de
morrer porque a finada austeridade já não os mata, coisa que Darwin não previu.
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