quinta-feira, 2 de julho de 2015

A RELÍQUIA OUTRA VEZ

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Acidentalmente, tive hoje conhecimento duma notícia publicada pelo semanário "SOL" em 19 de Junho passado. Diz assim:

Segundo o Sol conseguiu apurar, Sampaio da Nóvoa tentou impedir, em 2004, as obras de ampliação de um centro de acolhimento para adultos com paralisia cerebral e incapacidade motora, em Oeiras.
O centro da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral tinha autorização da autarquia de Oeiras para aproveitar um terreno e ampliar o seu espaço de modo a construir um ginásio para fisioterapia, alargar o espaço de refeições e abrir mais cinco quartos.
O candidato a Presidente da República foi o primeiro signatário de dois embargos movidos pelos moradores que queriam impedir a realização da obra.
Ao Sol, o professor universitário explica que a iniciativa não visava impedir a obra, mas “zelar pela legalidade de uma operação que envolvia cedência de espaço público a entidades privadas”.
As duas providências foram consideradas improcedentes e a associação pediu uma indemnização de 100 mil euros. Esta foi paga pelo autarca Isaltino Morais.

Sampaio da Nóvoa tem todo o direito de zelar pela legalidade relacionada com o seu conforto doméstico e, sobretudo, com operações que envolvam  "cedência de espaço público a entidades privadas”. Está fora de causa contestar tal direito de que se pode servir quanto e as vezes que quiser.
Mas deste modestíssimo espaço, envio uma mensagem ao Senhor ex-Reitor da Universidade de Lisboa e tribuno inspirado, defensor a tempo inteiro da utopia, que cita José Gomes Ferreira— As revoluções começam sempre pelo beijo de uma desconhecida na rua. Pela vitória do sonho—e nos ensina que A política tem de trazer dentro de si os sofrimentos e os anseios, as causas, daqueles que não têm outra protecção a não ser a república. E essa mensagem é a seguinte: Vá Vossa Excelência à merda mais a sua ridícula retórica de beata de sacristia.
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