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Durante a passagem da New
Horizons pela proximidade do planeta Plutão, o sistema de recolha de dados da
sonda não permitiu o envio de informação para a Terra. Os instrumentos, ou
observam, ou "falam" com os astrónomos que estão no centro da
Universidade Johns Hopkins—enquanto se canta, não se assobia. Mas hoje, à 01H52
(Hora de Portugal), a sonda telefonou a dizer que se encontrava bem, com saúde e a
caminho de paragens mais distantes porque Plutão já estava no papo.
Depois de uma viagem de quase dez anos e 5 mil milhões de
quilómetros, a sonda chegou ao destino—o ponto mais próximo do planeta—com um
minuto de avanço sobre o previsto na data do lançamento, em Janeiro de 2006. Parece
coisa de comboio de mercadorias!
Sendo a nave mais rápida que se construiu até hoje, a colisão
com um objecto do tamanho de um grão de arroz pode deixá-la inutilizada. O
local onde chegou e passou corresponde à janela planeada, com 60 por 90
quilómetros—mais ou menos como se um grande avião de passageiros falhasse o
local da aterragem planeado por menos que o diâmetro de uma bola de ténis.
Agora que já registou o que tinha a registar, a New Horizons vai precisar de 16 meses
para mandar para a Terra um fax com tudo o que viu. Não há pressa!
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