quinta-feira, 16 de julho de 2015

QUEM FOSTE ?


A pergunta hoje é assim: Daqui a 100 anos, pouca gente viva saberá que existimos, se é que alguém sabe. Como se lida com isso?
Está boa esta!
Há várias maneiras de ver o problema. Uns dirão que não estão preocupados porque, se os vivos de então não os conhecerem, eles também não conhecem esses jagodes e ficam empatados. Assunto encerrado.
Outros preocupam-se muito, o que pode ser um drama. Alguns até querem ir para o Panteão sem perceber que, mesmo com os restos ali encaixotados, provavelmente apenas 1/10^1.000.000.000 da população terráquea saberá quem foram. Levem hoje, aleatoriamente, mil pessoas ao Panteão e vejam quantos sabem quem foram os que lá estão. Talvez se lembrem da Amália e do Eusébio se forem portugueses, mas receio que a maior parte nem saiba quem foi Sophia.
O importante do problema, em minha opinião, é ser conhecido daqui a 100 anos por ter sido um trapalhão. Não que isso afecte muito o finado, mas é mau para a descendência. Quanto ao resto, alguém disse que restos não servem para muita coisa—neste caso, provavelmente, para nada.
.

Sem comentários:

Enviar um comentário