A pergunta hoje é assim: Daqui a 100 anos, pouca gente viva saberá que existimos, se é que alguém sabe. Como se lida com isso?
Está boa esta!
Há várias maneiras de ver o problema. Uns dirão que não
estão preocupados porque, se os vivos de então não os conhecerem, eles também
não conhecem esses jagodes e ficam empatados. Assunto encerrado.
Outros preocupam-se muito, o que pode ser um drama. Alguns até querem
ir para o Panteão sem perceber que, mesmo com os restos ali encaixotados,
provavelmente apenas 1/10^1.000.000.000 da população terráquea saberá quem foram.
Levem hoje, aleatoriamente, mil pessoas ao Panteão e vejam quantos sabem quem
foram os que lá estão. Talvez se lembrem da Amália e do Eusébio se forem
portugueses, mas receio que a maior parte nem saiba quem foi Sophia.
O importante do problema, em minha opinião, é ser conhecido
daqui a 100 anos por ter sido um trapalhão. Não que isso afecte muito o finado,
mas é mau para a descendência. Quanto ao resto, alguém disse que restos não
servem para muita coisa—neste caso, provavelmente, para nada.
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