Tsipras, apesar de rir incontinentemente, é um triste. É dos muitos ingénuos que pensam ser possível endireitar o mundo de supetão, com voluntarismo, demagogia, pé na tábua e fé em Marx. Tsipras nunca ouviu falar de evolução darwiniana e não sabe que nada acontece na natureza—incluindo na política—à martelada. Já viu em que deu Estaline, Mao, Kim, Castro e Chávez mas não aprende.
Se Tsipras não se
alimentasse de fé, tinha percebido que a chamada União Europeia não faz parte
do normal processo evolutivo da política internacional—é uma coisa contranatura em que acreditam patetas tipo Mário Soares mas que não funciona. De
acordo com a natureza das nações, que ainda são tribos, cada membro—sem
excepção—vai para lá para se governar o mais que pode. Naturalmente,
os mais ricos—que são uns sacanas e por isso é que são ricos—embrulham em
pesporrência os fracos e comem-lhes as papas na cabeça. É a lei da
selecção dos mais aptos, neste caso dos mais ricos.
Até uma coisa como a União
Europeia ser um fenómeno social e político normal, ainda falta muito tempo, muita
ruína de nações, muitos programas de resgate para alimentar a plutocracia internacional,
muito suor e muitas lágrimas; e não sabemos se algum sangue, para ser completo. Os pobres vão a Bruxelas buscar lã e são tosquiados. Mas só lá vai quem quer; também, é verdade.
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