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O beija-flor, como todas as aves voadoras — mas mais
ainda — tem um metabolismo imenso. Para sustentar tal metabolismo, o coração é constituído
por fibras mais finas que o nosso e com mais mitocôndrias para utilizar
oxigénio em abundância — um "Fórmula 1"! Está fixado na pele para
lutar contra a gravidade no voo durante a louca busca da comida. O preço de tal
modo de vida é a própria vida, muito curta. Sofre mais "ataques" de
coração, nomeadamente enfartes e ruptura de aneurismas, que qualquer outra
criatura viva.
Voar é "dispendioso" para todos, mais ainda
para o beija-flor que "gripa" frequentemente o motor. Cada criatura
na Terra tem, em média, 2 mil milhões de batimentos cardíacos na vida. A
tartaruga gasta-os lentamente e vive duzentos anos. O beija-flor, gasta-os
"na brasa" e dura dois anos. A sua frequência cardíaca ronda os 10
batimentos por segundo!
Cada beija-flor visita cerca de mil flores por dia. Podem voar para
trás, fazer "voo picado" a 90 km/hora e voar mais de 800 km
sem pousar. Mas, quando descansam, entram em torpor, com o metabolismo 15 vezes
abaixo do normal e o coração quase parado. Se não aquecem, morrem. Quando têm
fome acontece o mesmo: morrem se não se alimentarem. Talvez por isso sejam tão
sôfregos na busca da paparoca.
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