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Para ser franco, vivo com alguma apreensão por receio que o Dr. Soares, “derivado” à idade, se esqueça de algum dos tópicos essenciais na sua crónica de Terça-Feira, no “Diário de Notícias”. Por isso, costumo lê-la logo de madrugada, apenas o número do jornal aparece online. Só assim durmo descansado. Felizmente o Dr. Soares, que deve ter uma excelente secretária no gabinete da sua Fundação, pago pelo pacote de mordomias da qualidade de ex-Presidente, não falha!
Hoje, por exemplo:
1)No próximo dia 11 do corrente mês de Março reunir-se-á, em Bruxelas, uma Cimeira dos Estados da Zona Euro, a que Portugal pertence, para decidir quanto a uma política concertada de defesa do euro. É uma decisão que já devia ter sido tomada há muito. Se o tivesse sido, ter-se-ia evitado, em tempo próprio, a agressividade dos mercados puramente especulativos dos últimos meses.
Mercados especulativos arrumados...
2)
Mas não foi. As culpas cabem, em especial, à Alemanha, da chanceler Merkel, que parece querer "germanizar" a União Europeia, e à França, do Presidente Sarkozy, que, de reviravolta em reviravolta, segue agora à letra as opções da chanceler alemã, com evidente subserviência. Talvez por não ter o poder económico da sua parceira.
Merkel, totalitária hitleriana, e Sarkosy, seu caniche, arrumados...
3)
Contudo, por enquanto, na União Europeia, o primado das preocupações centrou-se nos equilíbrios financeiros - que, obviamente, são importantes - menosprezando a economia real. Ora, essa posição, para países como Portugal e Espanha, mas não só, pode vir a ser fatal. Porquê? Porque as medidas de austeridade, a que os Estados mais fracos são obrigados, conduzem-nos, necessariamente, à recessão, visto que impedem o crescimento económico, reduzem os investimentos, fazendo crescer o desemprego e podem, mesmo, provocar revoltas sociais extremamente perigosas.
Falta de solidariedade escandalosa com parceiros da União, países de palavra, responsáveis, bem comportados, e cumpridores dos compromissos assumidos. Países de palavra ao ponto do Zézito se deslocar a Berlim, descalço e com um baraço no pescoço, pronto a dar a vida pela falta de cumprimento da dita (dita palavra; não dita vida).De gargalhada!
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