terça-feira, 31 de março de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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ONISMO

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Imagine que se encontra em frente do quadro das partidas num aeroporto onde lê nomes e nomes de terras onde nunca foi, provavelmente nem sabe onde ficam e onde nunca irá antes de morrer. Ao lado há um mapa com a posição dos destinos e uma seta que indica "Você está aqui", longe de todos aqueles lugares.
Aflige-o isto? Não interessa isso. Mas há quem fique perturbado com a ideia. Não há termo para descrever tal sentimento: o reconhecimento de quão pouco se conhece de tudo no mundo. O Dicionário das Aflições Obscuras—ou coisa parecida—chama-lhe Onismo.
Dicionário das Aflições Obscuras?—pergunta o leitor. É verdade. Até tem um site. Veja em cima um vídeo sobre o onismo.
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ARMAS

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Submarino turco zarpa do Porto de Lisboa
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CENÁRIOS

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O PS levou uma banhada nas eleições da Madeira: encabeçou uma coligação que ficou em terceiro lugar, com pouco mais de 11% dos votos.
Costa, primeiro comeu e ficou engasgado. Depois "desentalou" e declarou que o PS já ganhou nos Açores perdendo no País e já ganhou no País perdendo na Madeira. E mais não disse. Podia dizer talvez que já perdeu no País e  ganhou nos Açores e já perdeu na Madeira e ganhou no País. Talvez ainda que desta vez espera ganhar no País, depois de perder na Madeira, o que não impede de vir a perder nos Açores, ganhando no País. E há ainda outro cenário, qual é o de perder na Madeira, no País e nos Açores, fazendo o pleno.
Cenário curioso também era ouvir o que Costa e apoiantes diriam se a tragédia da Madeira tivesse ocorrido com Tozé, que não tinha carisma, não "descolava" nas sondagens, não ganhava eleições para o Parlamento Europeu por dez a zero e era um nabo em última análise. Sobre isso não "desentalam" e é pena.
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IDEIAS ANTIGAS

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A PEGADA DO HOLOCENO

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O Holoceno, era geológica da Terra que começou há cerca de 11.500 anos e inclui o presente, é um pestanejo do tempo geológico. Durante esse período, as placas tectónicas afastaram os continentes menos de um quilómetro, distância percorrida a pé em 10 minutos ou menos; a temperatura, relativamente elevada, teve variações pouco relevantes; o nível da água do oceanos subiu à volta de 35 metros em consequência do degelo; e as elevações do Norte do globo cresceram quase 200 metros ao libertarem-se do peso do gelo.
O que verdadeiramente mudou no Holoceno foi o homem. A população seria inicialmente entre 1 e 10 milhões de almas e assim se manteve até há 5 mil anos, quando começou a revolução da agricultura. O homem transformou o ambiente mais ou menos hostil da Terra num ninho e tudo ficou diferente.
Os estratos geológicos do planeta têm hoje a estranha característica da presença dos produtos químicos que usamos, do lixo industrial que produzimos, do pólen das nossas culturas agrícolas e a ausência de muitas espécies que conduzimos à extinção. É o que se pode chamar pegada humana do Holoceno—pegada de tal modo funda que se propõe chamar-lhe Antropoceno. Na verdade, nada caracteriza melhor a era que a marca da nossa bota.
Até há pouco, havia natureza e Homo sapiens. Tal dualidade acabou—kaput! Agora, há uma entidade, ainda sem nome (que eu saiba), constituída pelo conjunto homem/natureza. O problema actual não é a conservação da natureza, mas antes como preservar a saúde do conjunto que é irreversível. A Ecologia não pode ser a defensora dedicada da natureza. Tem de assumir a missão de limitar de forma inteligente os danos gerados pela interacção de dois protagonistas inseparáveis. Se fugir de tal orientação, anda a malhar em ferro frio.
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segunda-feira, 30 de março de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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1 MINUTO DE MÚSICA

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COR É VIDA

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QUEM NADA NÃO SE AFOGA

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O conceito de nada refere-se a quê? Esta, ou formas semelhantes, é uma pergunta que se encontra com frequência em textos de Cosmologia, Filosofia, Física e por aí fora.
Também já aqui falei disso a respeito do eventual início do universo. Se este não é eterno e infinito, tempos houve em que não havia, ou havia outra forma. No Génesis lê-se: "No princípio Deus criou o céu e a terra; e a terra era sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo e o Espírito de Deus movia-se sobre a face das águas". Para mim não fica claro se, teologicamente, houve o nada. Não consigo perceber se antes do Génesis havia uma forma diferente.
Para Macbeth, nada era apenas o que não é; os dicionários ficam-se por vaguidades como "nada é uma coisa que não existe"; Parmenides achava impossível falar do que não existe porque viola o próprio princípio do que é; e o povão acha que nada é melhor que um bom copo de três e nada é pior que uma pedra no sapato. Portanto, se há tanta opinião sobre uma coisa, ela devia existir. Contudo, não existe porque é essa a sua natureza—não existir.
Espantosamente, sendo nada um mistério, é também um conceito óbvio e toda a gente sabe o que é e acredita nele. Cuidado, portanto, ao falar dele com gente que o conhece—corre-se o risco de ser tomado por insano! É o que deve acontecer-me quando alguém lê esta prosa. Mas, mesmo assim, pense nisso.
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DE FICAR COM OLHOS EM BICO

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A imagem, enviada pelo Telescópio Hubble, é uma fotografia da galáxia espiral NGC 5023, vista de um dos seus bordos. Está a 30 milhões de anos/luz da Terra e faz parte do grupo de galáxias designado por M51. Incorpora milhares de milhões de estrelas. Os astrónomos já contaram 30 mil—falta pouco para as identificar todas!
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TORRES DE LISBOA

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OS JIHADISTAS DE CANELAS

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A GNR de Canelas—Vila Nova de Gaia—foi ontem chamada a forçar a abertura dos portões da igreja local, cuja fechadura foi lacrada com um produto químico durante a noite. Como tem sido noticiado, paroquianos contestam a substituição do padre Roberto Sousa pelo padre Albino Reis.  Durante a missa, tal como vem acontecendo há já várias semanas, permaneceu no exterior da igreja um grupo de cerca de uma centena de paroquianos do movimento "Uma Comunidade Reage" que contesta a substituição do padre Roberto e exige o seu regresso. O narrado lê-se hoje num jornal diário e constitui mais um episódio lamentável de beatice violenta que já passou pela tentativa de agressão ao padre Albino Reis.
A pergunta é: quem explica a estes energúmenos o que é Cristianismo e o que é alarvice beata? Há dias, quando escrevia um post sobre ser violento, li algures, na caixa de comentários dum texto, que acabar com as religiões seria um grande passo para diminuir a violência. Perante o que vemos no chamado Estado Islâmico, a afirmação é incontestável. E o que acontece em Canelas com alegados cristãos também não contribui para a contestar.
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domingo, 29 de março de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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REBOCADOR

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BALÃO VERMELHO

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MAPAS DO TESOURO

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Sabia que há quem coleccione garrafas que dão à costa com mensagens no interior? Tais achados não são tão raros como pensa, sendo muito mais frequentes actualmente que no tempo dos mapas das ilhas do tesouro. Hoje, os mapas do tesouro não dão à costa—brotam de gabinetes respeitáveis e "insuspeitos".
Tais garrafas vêm predominantemente de navios de cruzeiro—moda recente—e contêm mensagens escritas depois de esvaziar a garrafa, o que torna frequentemente difícil decifrar a prosa. A "chapa" habitual é: Sou fulano, estou a viajar no navio XPTO e o meu endereço de email é rebabá. Agradeço a quem encontre esta garrafa que me contacte e diga onde ela deu à costa.
A prática da busca destas garrafas tem uma ciência complicada por trás porque 90% delas vão parar a 10% das costas do planeta. Por isso só nalguns países a colheita é razoável. A costa deve estar orientada perpendicularmente ao sentido da corrente oceânica dominante no local, exigência que diminui muito o número de áreas produtivas, e mesmo aí há locais melhores que outros. Um bom sítio é como um bom pesqueiro que não deve ser revelado a ninguém.
Os objectos a "navegar" nos oceanos têm tendência para se agrupar segundo a flutuabilidade, o que se aplica às garrafas, naturalmente. Por isso há praias cheias de plásticos, outras cheias de madeiras ou restos de redes, e há as "especializadas" em garrafas. Se há garrafas vulgares numa praia, nesse local a probabilidade de encontrar um mapa do tesouro é maior.
Quanto ao tempo, a melhor altura é depois de tempestades, com ventos fortes e ondas iguais ou maiores que as que tanto preocupam o Dr. Soares e em relação às quais o XIX Governo Constitucional não faz nada—em contraste com o Presidente Obama que um dia destes passa também à categoria honrosa de grande amigo do supracitado Dr. Soares.
Como é óbvio, locais próximos de rotas de navios de cruzeiro são ideais. Nessas paragens as mensagens acusam habitualmente o efeito do conteúdo inicial do frasco, e consistem muitas vezes em etílicos desabafos amorosos. É normal.
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BOTA GAFANHOTO

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A DESCONFIANÇA DO MUNDO

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[...] Aos poucos, percebe-se que o MP não possui quaisquer indícios que incriminem José Sócrates e recorre a puros delírios. E o desespero evidencia-se no momento em que, após a desastrada história da linguagem cifrada, se lançou para aí a tese de que José Sócrates não escreveu A Confiança no Mundo, cabendo a tarefa a um professor indistinto. Mais um tiro no pé. Ao acusar José Sócrates, o MP apenas lhe confere maior grandeza: sempre duvidei de que um indivíduo daquele gabarito intelectual assinasse tamanha porcaria. Não duvido é de que, do alto da sua inabalável ética, ele mandasse comprar quase todos os exemplares para poupar os leitores à ironia de acabarem torturados enquanto liam um texto sobre tortura. Citando um recente hino de homenagem: obrigado, José Sócrates - podem dizer, podem falar, podem inventar que ele não vai mudar.
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Alberto Gonçalves in "Diário de Notícias"
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sábado, 28 de março de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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RETRATO

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SER VIOLENTO

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A violência é um fenómeno transversal observado praticamente em todos os seres vivos. O lobo é violento com a ovelha porque precisa de se alimentar; o touro é violento com outros touros para assegurar o direito à procriação; a bactéria é violenta com o animal ou planta que infecta para poder viver; o fungo é violento com o mamífero em que se instala porque é parasita obrigatório e por aí fora. A violência está instalada nos reinos vivos da Terra como fenómeno inevitável, indispensável à sua existência e, mais preocupante que tudo, pré-programada. Não sabemos se existe vida alienígena mas, mesmo existindo, é provável poder considerar-se o acto  violento como parte do plano do universo—circunstância no mínimo inesperada, se não mesmo inquietante.
O homem, com consciência da violência, pratica-a diariamente. O que dá para pensar é o facto de, sendo o único ser vivo com tal consciência, ser também o único que a usa desnecessariamente. A violência humana à margem da necessidade de sobrevivência decorrerá dessa mesma consciência—fonte da avidez de poder, de bens materiais, de espaço e por aí adiante.
O limite entre a violência exigida pela conservação da espécie e a violência vitalmente gratuita é difícil de marcar, mas existe. A única forma conhecida de fazer respeitar tal limite é a educação. Falível! Muito falível! Também aqui o plano do universo é fraquinho. Matéria boa para reflectir em noites de insónia.
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DO BARRO AO MOSAICO


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(Com colaboração de J. Castro Brito)
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TORRES DE LISBOA

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3 ESTRELAS PARA O MARCO

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Era o dia 22 de Novembro do Anno Domini 2014, dia seguinte à catástrofe planetária que foi a detenção do Zezito, quando o Costa deitou mão ao timão do PS. A nau do Largo do Rato navegava em águas baixas, prestes a encalhar, e o capitão general, de sua graça Tozé, levou uma corrida em pêlo e foi plantar batatas para outras paragens.
Do novo capitão tudo se esperava e a fé era muita. Mas, após quatro meses de gestação, nada ele paria. Inquieta, a tralha socrática berrava: "acima, acima gageiro, acima ao tope real, vê se enxergas dias melhores que as sondagens vão mal". Foi quando a ideia fez faísca no encéfalo do Costa: à míngua de inspiração, uma consulta popular para o povão fazer o programa do Governo PS era a solução.
De pronto, a ideia do Costa teve o que merecia—a chacota. De tal modo que até o seu quase homónimo Marco António se permitiu a ironia e, num comício em Trás-os-Montes, teve a feliz ideia de apelar aos militantes e simpatizantes do PSD para ajudarem o PS a fazer o programa do Governo. Marco António Costa não faz o meu género, mas desta vez reconheço que merece três estrelas.
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RETRATO

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OLHA O PASSARINHO

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Não há situação social e política que não seja complicada, passível de abordagem de ângulos diferentes, difícil de descrever em meia dúzia de linhas, ou sujeita a críticas de falta de isenção e independência. É verdade. Mas casos há em que os factos falam por si. Um deles é o da Venezuela, do "Socialismo Bolivariano".
A inflacção prevista para este ano é de 200% e o País caminha para o incumprimento das obrigações da dívida. Se o preço do petróleo continuar como está—e prevê-se que assim seja—dentro de 12 meses, a Venezuela ou não paga os juros (4,84 mil milhões), ou não dá de comer ao povo. Este ano, o valor do défice do orçamento terá dois algarismos e a economia vai sofrer uma contracção de 7%.
Segundo estudo conjunto das universidades "Simon Bolivar", "Central da Venezuela" e "Católica de Caracas", já antes da queda do preço do petróleo o País tinha recuado até aos níveis de pobreza e miséria de 1998—início do chavismo.
No comércio, em cada dez produtos procurados, seis não existem, o que criou dois novos tipos de posto de trabalho: os que vivem de guardar lugar nas bichas dos supermercados para depois o vender a quem não tem tempo para passar lá horas; e os que revendem comida nos bairros pobres, com lucro de 150% e mais.
Tudo isto é "temperado" com detenções arbitrárias e tortura dos opositores ao regime; negação de papel à imprensa hostil; não renovação das licenças da rádio e de televisão e por aí fora—um "fassismo"!
Se perguntarem aos syrízicos portugueses notícias daquele país, o vento cala a desgraça, o vento nada lhes dizhá muita gente distraída.            
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sexta-feira, 27 de março de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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OPERÁRIO

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UM ARTISTA PORTUGUÊS

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Os recortes publicados aí em cima foram tirados do jornal "Observador". Não são forjados pelo editor do blog "WEHAVEKAOSINTHEGARDEN", nem inventados por mim. A realidade ultrapassa a ficção, neste caso humorística.
Um ex-Primeiro-Ministro de Portugal, acusado de ter comprado um texto para fins académicos—posteriormente editado como livro em que figura como autor, acusação já de si tristemente significativa—vem a público dizer que é mentira porque foi ele que escreveu a dita trampa!
Santo Deus! Que mais irá acontecer?
Mesmo que a acusação fosse falsa, mandava a dignidade do cargo exercido nem responder, a bem do nome da Pátria. Qualquer ex-Primeiro-Ministro com um mínimo de postura tinha o senso de não acusar o toque. Entrar no diálogo ilustrado pelos recortes reproduzidos é o pé a puxar para a chinela.
Depois de tudo que tem vindo a público desde o dia 21 de Novembro passado, já nada surpreende. Paira no ar a imagem de um artista português tão bom como os melhores. E não o digo para escarnecer: admiro a perseverança e imaginação do homem na actividade de trepar à força de golpes de sacanice. Daqui a 50 anos, ninguém vai saber quem foi Palma Carlos, Pinheiro de Azevedo, Maria de Lourdes Pintasilgo, ou Mota Pinto; mas o Zezito vai ficar na História de Portugal como o Primeiro-Ministro mais prendado desta república de sucesso, só comparável a Alves dos Reis—é também esta uma forma de talento, afinal.
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MAR

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Poiares Baptista
(2010)
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O QUE AÍ VEM

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Dizia Darwin  que somos aquilo que o meio ambiente e a luta pela sobrevivência fez de nós. E Einstein ensinou que tudo é relativo—falava de fenómenos da Física mas, em boa verdade, a norma aplica-se a quase tudo, incluindo nós próprios. Tais circunstâncias condicionam a sociedade e por isso esta vive em permanente evolução. Evolução que se comporta como o corpo sobre o qual actua uma força contínua e, por isso, adquire aceleração permanente. O perfil dos preconceitos, valores e julgamentos sociais tem cada vez maior plasticidade e mutabilidade mais rápida.
Há menos de um século, ocorreram duas guerras planetárias em que o homem se comportou de forma desumana inaceitável à luz dos padrões actuais; e o racismo, o anti-semitismo, o sexismo, o colonialismo, a homofobia eram aceites, até esperados do cidadão. Se num século se assistiu ao que se viu em termos de filosofia social, é de esperar que o século seguinte, que vivemos agora, traga muito mais. Daqui a 100 anos as pessoas olharão para o nosso comportamento actual e abanarão incrédulas a cabeça.
Provavelmente o "ele" e o "ela" para distinguir sexos terão chegado ao fim e haverá apenas um único pronome para o feminino e o masculino—"elo", ou coisa parecida, extensível, naturalmente a animais e coisas, como acontece já em muitos casos no inglês.
Será mal visto, para não dizer pior, comer seres vivos, nossos irmãos na Criação, sejam animais ou plantas, com direito a respeito pela sua integridade física. A alimentação sintética perfila-se no horizonte e isso da creofagia e fitofagia constituirá prática de seres irracionais.
A privacidade será obscurantismo, vista como meio privilegiado de encobrir o crime e a hipocrisia. O pseudónimo configurará ofensa à sociedade, os segredos bancário e fiscal afronta maior ainda, e as listas "VIP" impensáveis—tudo estará escarrapachado na Internet. O uso de fato de banho na praia ou piscina será considerado tão estúpido como tomar hoje o duche matinal de fato, gravata e chapéu.
As fugas de água na rede pública e outras formas de desperdício terão a gravidade que tem hoje a hemorragia do teu irmão. E quem prime o "gatilho" do autoclismo carregado com água potável será comparado ao que dá o tiro no último elefante do planeta. Rebabá, rebabá.
Não sei qual a sua idade, leitor que me lê neste preciso momento, caso alguém ainda me leia. Mas, se o seu horizonte de vida está distante, prepare-se para dias complicados. Os que, como eu, já viveram bastante, estão livres do que o espera—já deram  contribuição generosa para o peditório.
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quinta-feira, 26 de março de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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1 MINUTO DE MÚSICA

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UM GRANDE AMOR !

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(Com colaboração de J. Castro Brito)
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TOM SOBRE TOM

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PALHAÇO RICO

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[...] O Governo Sócrates teve início em Março de 2005, e nove meses depois o deputado José Lello deixou de exercer o seu mandato em exclusividade, para passar a integrar o conselho consultivo da Capgemini em Portugal, uma consultora especializada em tecnologias de informação. Durante os seis anos do consulado lello-socrático, a Capgemini firmou 113 contratos por ajuste directo com entidades públicas, no valor de 6,7 milhões de euros, alguns dos quais relacionados com o famoso Simplex.
Ao mesmo tempo, o incansável deputado Lello exercia ainda o cargo de membro não executivo do conselho de administração da Domingos da Silva Teixeira (DST), uma empresa de construção e engenharia com negócios na área das energias renováveis, águas e saneamento. Enquanto Lello foi administrador da DST, celebraram-se 62 contratos por ajuste directo com entidades públicas, num total superior a 71 milhões de euros. Um único contrato com a Parque Escolar, em Maio de 2009, rendeu quase 25 milhões.
José Lello foi consultor da Capgemini entre Setembro de 2006 e Novembro de 2012 e administrador da DST entre Janeiro de 2007 e Fevereiro de 2012. O Governo Sócrates caiu em Junho de 2011, e com ele parecem ter caído também—curiosa coincidência—as notáveis capacidades administrativas de José Lello, um homem cujo talento insiste em manifestar-se apenas na órbita do Estado socialista. E é este pobre Lello que vem agora chamar Beppe Grillo a Henrique Neto, que enriqueceu no privado, tomou posições corajosas e tem um pensamento estruturado sobre o país. Caro porteiro Lello: não dá para gerir a clientela com a boca fechada?
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João Miguel Tavares in "Público
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GLI ILLUMINATI

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MISTÉRIOS PREOCUPANTES !

Um dos elementos franceses envolvidos na investigação do recente acidente aéreo declarou sob anonimato que a ausência de comunicação dos pilotos durante a descida do avião era um facto preocupante e que a possibilidade de tal silêncio ser deliberado não podia ser excluída; acrescentando: "Não gosto disto. Para mim, não é normal a longa descida à velocidade habitual, sem qualquer comunicação, em condições meteorológicas absolutamente claras."
E acrescentou: Até agora, não temos nenhum facto que aponte para uma explicação técnica. Portanto, temos de considerar a possibilidade de responsabilidade humana deliberada.
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("A senior French official involved in the investigation, who spoke on the condition of anonymity, said that 
the lack of communication from the pilots during the plane’s descent was disturbing, and that the possibility 
that their silence was deliberate could not be ruled out.

“I don’t like it,” said the French official, who cautioned that his initial analysis was based on the very limited information currently available. “To me, it seems very weird: this very long descent at normal speed without any communications, though the weather was absolutely clear.”

“So far, we don’t have any evidence that points clearly to a technical explanation,” the official said. “So we have to consider the possibility of deliberate human responsibility.”)
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quarta-feira, 25 de março de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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AUTO-RETRATO

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