Uma sondagem feita em tempos não muito recuados nos Estados Unidos revelou, entre outras coisas, que 39% da população considera a astrologia científica e 40% acredita que a espécie humana tem menos de 10 mil anos de existência ― isto, apenas, para dar ideia do panorama geral da cultura yankee. Com um mínimo insignificante de conhecimento geral, tais percentagens seriam ZERO. E, se o panorama geral é este nos Estados Unidos, como será na maior parte do resto do mundo: uma lástima!
Que se pode fazer, perante isto? Seguramente, mudar o sistema educativo. A quase totalidade dos entrevistados tinha grau razoável de escolaridade, suficiente para não asnear daquela maneira. E aqui é que a porca torce o rabo.
Instruir não é “injectar” conhecimento no encéfalo de alguém ― instruir é ensinar esse alguém a achar e digerir o conhecimento. Nenhum navegante conhece todas as rotas; mas tem capacidade para ir a quase todos os portos porque domina o método da navegação. Precisa apenas, e pontualmente, de ajuda super-especializada na entrada e saída de portos, na navegação em canais e fiordes, na atracação e rebabá. Por isso, hoje, com a facilidade de acesso a quase todo o conhecimento através da Net , e não só, instruir deve consistir ― mais que tudo ― em ensinar a pensar e a procurar o conhecimento que mora ao virar da esquina. E fica-se pasmado como nos Estados Unidos o embrutecimento com a astrologia e a evolução do homem é o referido. Sei que Roma e Pavia não se fizeram num dia; mas astrologia na América, Santo Deus, é demais!
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