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Tozé Seguro—bom tipo mas escopeta de repetição, pederneira e carregar pela boca—está preocupado com os sacrifícios dos portugueses, como se esperava que estivesse a alma generosa que é Tozé. Na impossibilidade de travar Coelho, Tozé vai tentar aliviar o sofrimento dos portugueses propondo um imposto extraordinário. Não é sobre os reformados, não é sobre os funcionários públicos, não é sobre os trabalhadores da actividade privada, não é sobre o clero, não é sobre a nobreza, não é sobre o povo não incluído nas entradas anteriores!
Não é!
O novo imposto extraordinário é... isso mesmo: é sobre a pouca vergonha que são os contratos das parcerias público-privadas também chamadas PPP. Um escândalo tais contratos! Contratos negociados por um cafajeste de seu nome Paulo Campos. E quem é Paulo Campos?, perguntará o leitor. Pergunta e pergunta muito bem porque, se Paulo Campos não anda a monte, devia andar. Numa altura em que a dívida pública subia em flecha e já estava reconhecidamente descontrolada, a economia estagnada e os juros a subir qual foguetão Saturno da NASA, Paulo Campos fez o contrato que criou um buraco, nesta Pátria onde a terra acaba e o mar começa, de 400 milhões por ano, de 2014 até 2030. Toda a gente disse que era asneira, os editoriais contra foram sem conta, mas o contrato fez-se.
Naturalmente, Paulo Campos era ministro, ou secretário de Estado de algum governo reaccionário; fascista talvez. Por um curioso acaso, Paulo Campos era membro do Governo do Zezito que fugiu e nunca mais ninguém o viu, que por um curioso acaso era Secretário-Geral do PS, que por um curioso acaso é o mesmo partido de que Tozé é Secretário-Geral—as voltas que o mundo dá!!!
Tozé tem razão, isso tem, e por isso estou com ele. Mas, com alternativas como ele e o partido dele a Coelho, digam-me Vossas Excelências o que pensa e faz um parolo como eu.
Nada—come e cala.
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