quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O ORÇAMENTO SEGUNDO NEWTON

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1º cidadãoUma vez que a força da gravidade depende da distância entre as massas, isto é, a força de atracção  que exerce num homeme também numa mulher!—depende da distância a que o homem—e também a mulher!— está do centro da Terra. Em pé, a força é maior nos pés que na cabeça, consequentemente. Mas como a altura dum homem—e também duma mulher!—é quase sempre inferior a 2 metros, tal diferença importa pouco e corre tudo bem, excepto nessa coisa dos subsídios de férias e Natal. Mas, e nos buracos negros?

2º cidadão—Essa agora! Que têm os buracos negros a ver com os subsídios?

1º cidadão—Não é isso—não é com os subsídios; é com a atracção sobre os pés e a cabeça.

2º cidadão—Já entendi! O Orçamento do Estado é um buraco negro.

1º cidadão—Parece; é um sorvedouro que chupa tudo, até a luz. Mas não é disso que falo. O que queria dizer é que um homem—e também uma mulher!—na superfície dum buraco negro, cuja força da gravidade é bruta, é puxado de forma tão violenta e desigual que se desfaz: as barbatanas inferiores separam-se da posta do meio e espalmam-se no chão,  o pescoço é esmagado contra a posta do meio e solta-se da cabeça, como o eminente poeta Gilder de Bierce, e o crânio esvazia o encéfalo.

2º cidadão—Já sei! O Vítor Gaspar fez o Orçamento num buraco negro.

1º cidadão—Custou a perceber! O homem tinha o crânio vazio pela força de Newton—pode perceber muito de Economia, mas em Física é uma nulidade.
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