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Na Gronelândia, em consequência do aquecimento global—alegadamente
resultado do aumento dos gases com efeito estufa—o gelo está a fundir, a deixar
a descoberto áreas inacessíveis até agora e a permitir a navegação em múltiplos
fiordes onde era impraticável. A
exploração de gás natural e petróleo, em que a região árctica é rica, e a
extracção de metais raros usados na indústria electrónica tornou-se mais fácil
e está a fazer convergir as atenções dos países industriais para o local. O
Vice-Primeiro-Ministro já manifestou surpresa com tantos salamaleques quando
afirmou ironicamente que deve haver algum interesse em coisa que podem oferecer,
não acreditando que esses países tenham descoberto de repente a simpatia do
povo Inuite.
A China vai na vanguarda da ofensiva diplomática,
política e económica porque, além do interesse nos recursos industriais
referidos, vê abrir-se um caminho marítimo novo para as exportações, através da
rota polar, muito mais económica que a do Canal do Suez. Mas os arrufos vêm da
Europa, onde o Primeiro-Ministro foi recebido em Bruxelas com pompa e circunstância
por Monsieur Barrôsô, dos Estados Unidos, da Coreia do Sul, blá, blá, blá.
A vida na Gronelândia está a mudar e o País tem agora
menos gelo e mais encanto. A influência das nações do Norte da Europa é
manifesta e isso é um trunfo. Ficam algumas imagens de Nuuk, a capital, e do
mapa da região.
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