Em dado momento, no passado, cerca de 13,7 mil milhões de
anos atrás, no preciso momento do Big Bang, a distância entre as actuais
galáxias era zero. O universo estava "esmagado" num ponto de dimensão
zero, ou seja, era uma esfera de raio zero. O tempo não existia—o
Big Bang foi o início do tempo. Antes, não havia antes e a ciência não pode
pronunciar-se sobre esse antes.
Aristóteles—muito nhurro, como já informámos—dizia
que a matéria era contínua e não formada por partes. Democritus achava, mais
inteligentemente, que era constituída por pequenos corpos. Hoje sabemos que é assim
e que a matéria é um autêntico jogo de bonecas russas, umas dentro das outras—há
imensas partículas que se dividem noutras partículas, blá, blá, blá. A cada
partícula corresponde uma anti-partícula com a mesma massa e carga eléctrica
contrária. O electrão negativo tem o
positrão positivo, o protão positivo tem o anti-protão negativo e por aí fora.
Só que a anti-matéria sumiu—ninguém sabe onde anda. Observa-se
fugazmente nos laboratórios, mais nada.
Quando uma partícula de matéria se encontra com a correspondente de
anti-matéria, aniquilam-se, isto é, desaparecem e dão lugar a energia, sobretudo
electromagnética, do tipo da luz que nos alumia, das ondas da rádio que nos
informa, etc. Significa isto que, além de nós, há um anti-nós—eu e o
anti-eu, tu e o anti-tu, blá, blá, blá—ele há coisas!... Felizmente, não
encontramos o anti-nós (penso eu), porque nos aniquilaríamos mutuamente, dando
origem a energia, talvez a algum noticiário da TSF!
Um segundo depois do Big Bang, a temperatura ficou mais
fresca, cerca de 10 mil milhões de graus Celsius, ou seja, mais de mil vezes a
temperatura do centro do Sol. Era mais quente que Beja, mas semelhante à
temperatura do rebentamento duma bomba atómica—imaginem o que o Irão anda a
tramar!
Este modelo do Big Bang começou a ser construído por dois
senhores chamados George Gamow e Ralph
Alpher. Gamow tinha senso de humor e conseguiu covencer outro cientista
nuclear, Hans Bethe, a dar o nome como autor do artigo. E porquê? Porque Gamow achou apropriado que os autores
dum artigo sobre a origem do universo fossem Alpher, Bethe e Gamow, próximo das
três primeiras letras do alfabeto grego, alfa, beta e gama!
E, para terminar, mais uma laracha. Alan Guth, cientista
do Massachussets Institute of Technology, estudou a inflação do universo, que não
é a mesma inflação das patacas com que se preocupa a Senhora Merkel, mas a expansão
do universo, e chegou à conclusão—comprovada posteriormente—que
no início o universo se expandia, numa fracção de segundo, 100000000000000000000000000000 de vezes.
Não inventei nada—vem tudo nesse livro de Stephen Hawking que está lá em cima!
...eh, eh, eh...
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