sábado, 8 de setembro de 2012

DINHEIRO POR UM CANUDO

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Os trabalhadores do sector privado perdem o equivalente a um subsídio—ficam pior que antes. Os funcionários públicos, na prática, mantêm a perda dos dois subsídios e vêem agravada a carga fiscal no IRS—isto é, ficam ainda pior que antes e continuam a ser atingidos por medidas que poupam os privados. Onde está o princípio de equidade exigido pelo Tribunal Constitucional?
Aos pensionistas do privado e da função pública são confiscados—tout court—os dois subsídios. Onde está o princípio de equidade exigido pelo Tribunal Constitucional?
O Primeiro-Ministro anuncia com precisão milimétrica aquilo que tira a trabalhadores e pensionistas. Mas no que ao capital se refere é vago e fica-se pelo anúncio duma carta de intenções que será seguramente concisa, precisa e incisa bastante para incluir milhares de excepções que ninguém entende, nem o escritório de advogados que a vai redigir, e em que ninguém paga nada, mas antes recebe—uma lástima! O que vai acontecer ao princípio de equidade exigido pelo Tribunal Constitucional?
O mais certo é o referido Tribunal voltar a chumbar o Orçamento de 2013. O Governo espera que, mais uma vez, os senhores magistrados digam que é inconstitucional, mas inconstitucional só em 2014, como fizeram com a inconstitucionalidade em 2012—enquanto o pau vai e vem, folgam as costas do Governo. Para 2015, arranja-se outra trapalhada qualquer e rouba-se mais um bocado aos funcionários públicos e aos pensionistas e o Tribunal Constitucional blá, blá, blá.

Oh Lua que vais tão alta,
Redonda como um tamanco;
Oh Maria traz cá a escada,
Que já não chego a nenhum banco.

BARIL!
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