Os trabalhadores do sector privado perdem o equivalente a um subsídio—ficam pior que antes. Os funcionários públicos, na prática, mantêm a perda dos dois subsídios e vêem agravada a carga fiscal no IRS—isto é, ficam ainda pior que antes e continuam a ser atingidos por medidas que poupam os privados. Onde está o princípio de equidade exigido pelo Tribunal Constitucional?
Aos pensionistas do privado e da função pública são
confiscados—tout court—os dois subsídios. Onde está o princípio de equidade
exigido pelo Tribunal Constitucional?
O Primeiro-Ministro anuncia com precisão milimétrica
aquilo que tira a trabalhadores e pensionistas. Mas no que ao capital se refere
é vago e fica-se pelo anúncio duma carta de intenções que será seguramente
concisa, precisa e incisa bastante para incluir milhares de excepções que
ninguém entende, nem o escritório de advogados que a vai redigir, e em que
ninguém paga nada, mas antes recebe—uma lástima! O que vai acontecer ao princípio
de equidade exigido pelo Tribunal Constitucional?
O mais certo é o referido Tribunal voltar a chumbar o
Orçamento de 2013. O Governo espera que, mais uma vez, os senhores magistrados
digam que é inconstitucional, mas inconstitucional só em 2014, como fizeram com
a inconstitucionalidade em 2012—enquanto o pau vai e vem, folgam as costas do
Governo. Para 2015, arranja-se outra trapalhada qualquer e rouba-se mais um
bocado aos funcionários públicos e aos pensionistas e o Tribunal Constitucional
blá, blá, blá.
Oh Lua que vais tão alta,
Redonda como um tamanco;
Oh Maria traz cá a escada,
Que já não chego a nenhum banco.
BARIL!
.
Sem comentários:
Enviar um comentário