Mário Soares falou. Não o digo com surpresa, porque Soares fala muito—quase sempre de mais; mas vai falando. Hoje falou bem, porque falou a partir dessa inutilidade de luxo e cara, cujo interesse para a Pátria é fundamental—apesar de encargo pesado—a fundação com o nome do dito. Soares estava na abertura duma exposição de fotografias de Ingeborg Lippman, com imagens de Portugal antes do 25 barra 4. E que disse o veloz oráculo da Praia do Vau? Vou dizer.
Orou assim: " As
pessoas que eram adultas nesta época recordam nesta exposição como era Portugal
em 1974 e sabem o progresso que o país fez até à actualidade". É
verdade, digo eu.
O Portugal de que Mário Soares fala e mostra naquelas
fotografias era, em primeiro lugar, um Portugal de há mais de 38 anos; e em
segundo lugar, um Portugal muito atrasado. Era fácil crescer e mudar e não se
pode fazer demagogia com malabarismos pseudo-sociológicos.
E também é preciso falar do modo como foram feitas as
conquistas de que Soares se orgulha tanto sonegando informação. O preço da
mudança já levou o País à falência três vezes em 38 anos e os socialistas foram, incontestavelmente, os principais artífices dessas falências.
Mário Soares está no ápice do fitness. Hoje, falando com
os jornalistas terá construído esta pérola: Se o Governo não se sente moribundo é porque não tem sensibilidade. Se
o Governo tivesse sensibilidade talvez se demitisse, mas como não tem
sensibilidade não se demite por enquanto. Mas devia demitir-se, como já devia
ter demitido o senhor Miguel Relvas e
não demitiu.
Soares é a incarnação do princípio que leio três vezes
por semana na parede do ginásio onde me arrasto: "Cabeça Fria em Corpo Quente".
No caso vertente, acrescentaria: Há três coisas na vida a que um homem nunca foge: um amor grande e profundo, e ainda não disse nada hóje
No caso vertente, acrescentaria: Há três coisas na vida a que um homem nunca foge: um amor grande e profundo, e ainda não disse nada hóje
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