Muita gente tem um número favorito. A razão da escolha é
muito variada. Pode ser a data do nascimento—231045, por exemplo—ou do
casamento, ou do nascimento do primeiro filho e por aí fora. São motivos
sentimentais, ou coisas do tipo 250474.
Mas há razões mais elaboradas, de natureza matemática,
como o 1089 (veja aqui porquê), ou o 73.
73 é o 21º número primo (só divisível por si e por 1), o seu inverso 37 é o 12º,
e 21 é o produto de 7 por 3! Não está
mal, não senhor!
Alex Bellos editor dum blog sobre Matemática no "The Guardian", tantas vezes perguntaram qual
era o número favorito dele que decidiu criar um site para interrogar muita
gente sobre o número favorito e qual a razão da escolha. Responderam mais de 44.000 pessoas!
Datas, sobretudo de aniversários, bateram o recorde—não prestam. Mas há outros aspectos interessantes. Por exemplo, os números
ímpares saem-se bastante melhor que os pares, vá-se lá saber porquê. Os números
que contêm imagem de arredondamento, como o 100, estão em baixo. Não
prestam. Dizer estavam lá 100 pessoas é o mesmo que dizer estavam lá muitas
pessoas, aí à volta de 100, sendo o mesmo para 1.000, ou10.000 e por aí fora. Portanto,
100, ou 1.000, etc. não prestam.
Tudo visto e respigado, a medalha de bronze foi para o 8.
Aliás, é o número mais popular na China porque a sua pronúncia é semelhante a "prosperidade".
Pelo contrário, o 4 é detestado porque soa de forma semelhante a "morte".
A medalha de prata foi para o 3. Bellos hesita em afirmar
se há relação com os "Três Mosqueteiros", ou os "Três
Porquinhos".
Mas o vencedor incontestado é o 7! Porquê? Porque há 7
planetas no Sistema Solar? Porque o sétimo dia da semana é dia de descanso? Porque,
entre 2 e 10, é o único número que não é múltiplo de nenhum dos outros, ou
divisível por eles? Mistério! Não tem explicação. Mostra a História que sempre
foi assim: "As Sete maravilhas do Mundo", "Os Sete Pecados Mortais", "Branca de Neve e os Sete Anões", "Os
Sete Selos do Apocalipse", "As Sete Trombetas do Apocalipse", "As
Sete Taças do Apocalipse"... e por aí fora. Mistérios!
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