O ateísmo cresce no mundo, mostram as estatísticas. Em 1990, cerca de 8% da população dos Estados Unidos (EU) não tinha religião. Em 2010, a percentagem subiu para 18%—diferença correspondente a 25 milhões de almas. O cientista Allen Downey, da área da informática, analisou a tendência e encontrou três factores com influência estatisticamente significativa: frequência da formação religiosa na infância, educação académica e acesso à Internet.
Quem tem formação religiosa em criança, é mais provável
que professe uma religião na idade adulta, como parece evidente. Contudo, a
formação religiosa nos EU caiu muito desde 1990 e isso será responsável por 25%
da quebra na religiosidade.
A educação universitária aumentou de 17,4% para 27,2% nos
anos 2000, o que se acompanhou de associação significativa com o ateísmo. Sendo
significativa, a associação é pequena: será responsável por 5% da perda de
crenças religiosas.
O acesso à Internet aumentou muito: nos anos 1980, era
praticamente zero e, em 2010, 53% da população dos EU passava duas horas por
semana a navegar e 25% mais de 7 horas. Downey estima que isso tenha causado
25% do incremento do ateísmo. O gráfico em cima, com a evolução do acesso à
Internet e do ateísmo, é enganador porque a escala de percentagens não é a
mesma; mas dá ideia da simultaneidade dos dois fenómenos. Tal associação é
difícil de compreender porque a Net não é propriamente um local de perdição das
almas. Em boa verdade, está cheia de sites dedicados a matéria religiosa de
todas as cores. Dizem os ateístas militantes que, sendo um meio de implementar
a cultura, diminui, ipso facto, a fé religiosa. Não sei se é assim, mas não
comento. Cada um puxa a brasa...
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