sábado, 5 de abril de 2014

CHEIRA A RANÇO



Em Braga, na Universidade do Minho para um colóquio sobre a importância da contabilidade nas Finanças Públicas, Teodora Cardoso apontou que o regresso ao nível salarial e de pensões antes da entrada em vigor do programa de ajustamento "implicaria" um aumento de impostos "impensável"—lê-se no "Diário de Notícias".
Teodora Cardoso é a economista que acha dever o Estado cobrar uma taxa nos levantamentos bancários para diminuir o consumo e aumentar a poupança. A proposta para essa taxa incluir o recebimento de ordenados muito magros—obrigatoriamente depositados nos bancos pelo Estado e pelas empresas—emagrecendo mais ainda os salários com a dita taxa do Multibanco ou, em alternativa,  com o preço dos cheques, não a impressiona. Teodora é de vistas largas e só tem olhos para a macroeconomia. Uma lástima!
Agora, preocupa-se com o regresso dos salários ao nível de 2011. Daqui digo à Professora Teodora que não há só o oito e o oitenta: há, por exemplo, o 50, o 60, o 70 e rebabá. Eu, e quase todos que pensam ao nível do chimpanzé ou lá perto, já percebemos que o Zezito e outros socialistas parolos arruinaram o País com demagogia e agora é preciso pagar a factura. Mas os portugueses são 10 milhões e os que estão a pagá-la são os pés-rapados. Faça a Professora Teodora bem as contas, de modo que os mais bafejados pela fortuna suportem o fardo proporcionalmente à sua capacidade de mamar, reduza a despesa pública onde isso é facilmente exequível, incluindo mordomias inaceitáveis, diminua o número dessas agências de emprego para correligionários políticos que são as câmaras municipais e diga-nos depois como pode ficar o tal nível salarial e de pensões—não será no oitenta, mas será bastante acima do oito. Pense nisso, Professora Teodora, antes de eructar palpites a cheirar a ranço.
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