Teodora Cardoso é a economista que acha dever o Estado
cobrar uma taxa nos levantamentos bancários para diminuir o consumo e aumentar
a poupança. A proposta para essa taxa incluir o recebimento de ordenados muito
magros—obrigatoriamente depositados nos bancos pelo Estado e pelas empresas—emagrecendo
mais ainda os salários com a dita taxa do Multibanco ou, em alternativa, com o preço dos cheques, não a impressiona.
Teodora é de vistas largas e só tem olhos para a macroeconomia. Uma lástima!
Agora, preocupa-se com o regresso dos salários ao nível de
2011. Daqui digo à Professora Teodora que não há só o oito e o oitenta: há, por
exemplo, o 50, o 60, o 70 e rebabá. Eu, e quase todos que pensam ao nível do chimpanzé ou lá perto, já percebemos que o Zezito e outros socialistas parolos arruinaram
o País com demagogia e agora é preciso pagar a factura. Mas os portugueses são
10 milhões e os que estão a pagá-la são os pés-rapados. Faça a Professora
Teodora bem as contas, de modo que os mais bafejados pela fortuna suportem o
fardo proporcionalmente à sua capacidade de mamar, reduza a despesa pública
onde isso é facilmente exequível, incluindo mordomias inaceitáveis, diminua o número dessas agências de emprego para correligionários políticos que são as câmaras municipais e diga-nos
depois como pode ficar o tal nível salarial e de pensões—não será no oitenta,
mas será bastante acima do oito. Pense nisso, Professora Teodora, antes de
eructar palpites a cheirar a ranço.
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