Vasco Lourenço não vai ao Parlamento no dia em que se celebram os 40 anos do 25 de Abril. Mário Soares também não. Provavelmente, Manuel Alegre também não e por aí fora. Não gostam da maioria que lá está? Eu também não; e também não gosto da minoria: são feitios. Mas uma e outra―maioria e minoria―foram eleitas de acordo com as normas que pretendiam Vasco Lourenço, Mário Soares e Manuel Alegre. Não é bonito vir agora dizer: assim não brinco.
A democracia tem destas coisas: de vez em quando, é
preciso gramar alguém de quem não se gosta. Vasco Lourenço, Mário Soares e
Manuel Alegre não podem querer só maiorias de que gostam. Se não apreciam esta,
não fazem birras: convencem os eleitores da superioridade das que gostam e não
consentem que nulidades como o Zezito façam demonstrações de como se arruína um
país de repente. Vasco Lourenço e Mário Soares devem privar a inteligência e a
razão, ser coerentes e, sobretudo, escolher um discurso mais contido e conforme
com a “ética republicana”, tão decantada por eles.
É a vida!
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