[...] Relendo o manifesto, não se encontra, contudo, um
parágrafo—uma frase—que condene o desvario perdulário que conduziu o país ao
endividamento externo a que se chegou. A dívida parece caída do céu—ou por obra
e graça da “crise internacional iniciada em 2008”—, como se um dia, sem ninguém
esperar, o pesadelo nos tivesse desabado em cima.
E, no entanto, o manifesto conta com assinatura de vários
ex-ministros—e alguns deles das Finanças—, pessoas supostamente bem informadas
sobre os bastidores da desgraça. Mas nem uma palavra. [...]
Dinis
de Abreu in "SOL"
.
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