O Sol tem cerca de 4,5 mil milhões de anos e ficará sem
combustível daqui a perto de 6 mil milhões. Vai expandir-se e envolver os planetas
próximos, vaporizando qualquer vida que ainda exista na Terra. Falta muito
tempo, mas é fatal. De qualquer modo, é decepcionante pensar que o universo vai
sentir muito pouco a nossa falta, tão importantes que nós somos! Outras estrelas
morrerão também, outras nascerão, galáxias chocarão e fundir-se-ão, a expansão
do cosmos continuará, rebabá.
A vida na Terra está a menos de metade da existência
e a caminhada da evolução também. O percurso da célula isolada até nós foi
longo, difícil e lento, mas será agora ainda maior, e sobretudo mais rápido, do que Darwin pensava,
dada a probabilidade de mutações genéticas ser muito grande no tempo actual.
Serve isto para dizer ser mais que certo estarmos muito mais distantes do
homem do "fim do mundo", do que estamos neste momento do Australopithecus
africanus. Custa a acreditar, mas basta olhar para a diferença entre as imagens
da NASA em cima, pensar que as separam apenas 500 anos, e a esperança de vida
do homem é superior a 500 X 10^10 anos, o mesmo que 500 com dez zeros à frente.
Voltando ao esquema dos apontamentos de Darwin, de 1837, podemos ter a certeza
que não nos encontramos em nenhum dos ramos que terminam sem um pequeno traço
perpendicular, aqueles onde a evolução parou.
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