Sabia que Darwin, de quem não me canso de falar, publicou
um livro intitulado “The
Expression of Emotions in Man and Animals” (1872),
em que defendia serem muitas expressões faciais universais, ou seja, traduzindo
o mesmo estado psicológico em todo lado, qualquer que seja a raça, a cultura, a
latitude, a longitude e por aí fora?
É verdade: publicou mesmo e a obra tem sido motivo de
polémica. E sabe porquê? Porque a ser como Darwin teorizava, isso significa que
os homens (humanos para o Dr. Soares) têm todos a mesma origem e há quem ache
serem os brancos descendentes de um antepassado mais evoluído que o antepassado
dos negros.
Têm sido feitos estudos em circunstâncias, locais,
culturas e raças diferentes e os resultados, embora não para todas as emoções,
são coincidentes para muitas delas. Isto é, o esquimó, o índio brasileiro ou
americano, o tibetano, o chinês, ou o aborígene australiano fazem a mesma cara
quando vêem e ouvem o Zezito, o Dr. Soares, o Tozé, o Passos Coelho, o Relvas
ou o Alberto João. Não é a mesma cara para todos, mas é a mesma cara para cada
um―sempre a mesma; não falha!
O que Darwin não previu, consegui eu constatar. Embora a cara possa
ser diferente para cada uma das personalidades citadas, como referi e muito bem,
há gestos que são comuns com todos. Por exemplo, abotoar o bolso onde têm a
carteira os indígenas referidos, ou bater energicamente com o punho direito fechado na área de flexão do
cotovelo esquerdo, também chamada sangradouro, ao mesmo tempo que flectem este, também com o punho desse lado fechado (o que os espanhóis chamam de
corta mangas).
Publicarei brevemente uma edição corrigida e aumentada do
livro de Darwin, de que darei conhecimento aos meus abençoados leitores, que
merecem.
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