Ontem, o Dr. Soares, no pasquim habitual das segundas-feiras
no DN, bolsou fel negro sobre Durão Barroso. O Dr. Soares, em relação a
Barroso, tem uma algia permanente na
articulação entre os côndilos do húmero, a cavidade sigmóide do cúbito e a
cabeça do rádio, vulgarmente chamada dor de cotovelo. Tal e qual!
Se há coisa que o Dr. Soares gostaria, era de ter ocupado um
posto de relevo numa instituição internacional. Primeiro sonhou com a presidência
da Comissão Europeia; mas um nabo assim, reconhecido internacionalmente pela
sua incapacidade cultural, não tinha hipótese nenhuma e ficou no Campo Grande,
em Nafarros, na praia do Vau e foi um pau.
Depois, estando mais que visto ninguém lhe ligar—grande
injustiça!—meteu-se de peito feito a deputado do Parlamento Europeu com a ideia
preconcebida de chegar a Presidente: já que ninguém lhe "passava cartolina",
ia ele lutar pela vã cobiça, pela glória de mandar, por esta vaidade a que chamamos fama. Chegado ao Parlamento, fez uma borrada
inqualificável, disse inconveniências alarves sobre a sua concorrente e levou
uma banhada. Ponto.
Suspeito que ainda lhe terá passado pela cabeça a ideia
de ser Secretário-Geral dessa instituição—suprassumo da inutilidade—que dá
pelo nome de Organização das Nações Unidas, mas a organização só não se riu
porque nem sabia quem era esse tal de Soares. Agora, o Dr. Soares bolsa regularmente
fel negro sobre o senhor Ban Ki-moon, o que
é transparente e mais que ordinário.
Guterres é importante, Sampaio é importante, Barroso é
importantíssimo, Soares é um desconhecido. Não pode ser! Guterres e Sampaio
passam incólumes porque são correligionários; mas Barroso apanha com os
perdigotos do Dr. Soares, embora se esteja a defecar para isso. Quanto a Ban
Ki-moon, nem sabe quem é o Dr. Soares. Dr. Soares de quem "Octávio Paz fala na página 600 do livro El Peregrino en Su
Patria".
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