quarta-feira, 9 de abril de 2014

PECADOS MORTAIS

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Ontem, o Dr. Soares, no pasquim habitual das segundas-feiras no DN, bolsou fel negro sobre Durão Barroso. O Dr. Soares, em relação a Barroso, tem uma algia permanente na articulação entre os côndilos do húmero, a cavidade sigmóide do cúbito e a cabeça do rádio, vulgarmente chamada dor de cotovelo. Tal e qual!
Se há coisa que o Dr. Soares gostaria, era de ter ocupado um posto de relevo numa instituição internacional. Primeiro sonhou com a presidência da Comissão Europeia; mas um nabo assim, reconhecido internacionalmente pela sua incapacidade cultural, não tinha hipótese nenhuma e ficou no Campo Grande, em Nafarros, na praia do Vau e foi um pau.
Depois, estando mais que visto ninguém lhe ligar—grande injustiça!—meteu-se de peito feito a deputado do Parlamento Europeu com a ideia preconcebida de chegar a Presidente: já que ninguém lhe "passava cartolina", ia ele lutar pela vã cobiça, pela glória de mandar, por esta vaidade a que chamamos fama. Chegado ao Parlamento, fez uma borrada inqualificável, disse inconveniências alarves sobre a sua concorrente e levou uma banhada. Ponto.
Suspeito que ainda lhe terá passado pela cabeça a ideia de ser Secretário-Geral dessa instituiçãosuprassumo da inutilidadeque dá pelo nome de Organização das Nações Unidas, mas a organização só não se riu porque nem sabia quem era esse tal de Soares. Agora, o Dr. Soares bolsa regularmente  fel negro sobre o senhor Ban Ki-moon, o que é transparente e mais que ordinário.
Guterres é importante, Sampaio é importante, Barroso é importantíssimo, Soares é um desconhecido. Não pode ser! Guterres e Sampaio passam incólumes porque são correligionários; mas Barroso apanha com os perdigotos do Dr. Soares, embora se esteja a defecar para isso. Quanto a Ban Ki-moon, nem sabe quem é o Dr. Soares. Dr. Soares  de quem "Octávio Paz fala na página 600 do livro El Peregrino en Su Patria".
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