Há 252 milhões de anos, cerca de 90% da vida na terra foi
extinta. Das cinco extinções em massa da vida no planeta azul, esta foi de
longe a maior e mais grave. Uma equipa de investigadores do Massachusets Institute
of Technology chegou há pouco tempo à conclusão—por meios que não vou pormenorizar agora, sob
pena do leitor abandonar de imediato a leitura do post—que a
responsável pela desgraça foi uma bactéria de sua graça Methanosarcina. Não foi um meteoro, não foram grandes incêndios,
nem foram directamente vulcões. Veja lá, tão pequenina a bactéria e tão má—a
maldade não se mede aos palmos de quem a faz, está na cara!
Pois a tal de Methanosarcina, que vivia nos oceanos, sofreu uma mutação genética e passou a utilizar
compostos orgânicos de carbono na alimentação. Começou logo a medrar a olhos vistos
e, como da utilização desse carbono orgânico resultava metano, a atmosfera
foi-se saturando deste. A única coisa que poderia ter frenado a multiplicação
da Methanosarcina era a falta de
níquel, indispensável para o seu metabolismo. Mas um mal nunca vem só: algumas
erupções vulcânicas da época encheram os oceanos de níquel. Então, foi um ver
se te avias—metano às toneladas!
O metano produz efeito estufa, o ar aqueceu e os oceanos
acidificaram—tal, como se diz, está agora a acontecer. Resultado: 90% da vida
kaput! Ah ganda Methanosarcina! Pior
que o Sheltox®!
Nota: O metano é produzido em grandes quantidades pelas
vacas e outros animais, como os camelos e os búfalos, quando eructam ou se descuidam com flatos.
Uma vaca pode poluir mais que um automóvel, quando arrota ou se caga, pedindo
desculpa pela brutalidade.
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