domingo, 13 de abril de 2014

PROFESSORES DE PÉ DESCALÇO

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Durão Barroso, falando na sede da “CAIS”, disse lamentar que não tenha sido possível conciliar a democratização do ensino com a exigência e a qualidade, recordando que, antes do 25 de Abril de 1974, apesar de algumas liberdades cortadas, havia na escola uma cultura de mérito, exigência, rigor, disciplina e trabalho.
O director da “Escola Camões” não gostou de ouvir e sublinhou ter havido grandes avanços na Educação em Portugal nestes últimos 40 anos, com as escolas a terem de dar resposta às necessidades de toda a população, e recordou as taxas de analfabetismo de então e as actuais.
Barroso está certo e o director também. Houve, na realidade, aumento substancial e muito louvável da escolaridade, mas isso não deve servir para tolerar o abastardamento da qualidade do ensino, e este é um facto. Se isso era inevitável no princípio da mudança, não percamos de vista a diferença na qualidade que havia e há agora. Tal como na assistência médica da China, após a revolução, foi necessário recorrer temporariamente aos médicos “de pé descalço”, em Portugal urge acabar agora com os “professores de pé descalço”. Assistimos frequentemente a disputas entre o Ministério da Educação e os docentes em que o pé destes não foge para a chinela porque nem sequer há chinela, ou seja, não há chinela nenhuma.  
Por outro lado, personalidades como esse génio chamado Ana Benavente encarregaram-se de enformar o ensino da forma mais tosca, primária e demagógica, para dizer o mínimo sobre o que se passa nas salas de aula do ensino contemporâneo. E pelos socialistas não vai nada? TUDO! Hip, Hip… Urrah!!!
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