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Durão Barroso,
falando na sede da “CAIS”, disse lamentar que não tenha sido possível conciliar
a democratização do ensino com a exigência e a qualidade, recordando que, antes
do 25 de Abril de 1974, apesar de algumas liberdades cortadas, havia na escola uma
cultura de mérito, exigência, rigor, disciplina e trabalho.
O director da
“Escola Camões” não gostou de ouvir e sublinhou ter havido grandes avanços na
Educação em Portugal nestes últimos 40 anos, com as escolas a terem de dar
resposta às necessidades de toda a população, e recordou as taxas de
analfabetismo de então e as actuais.
Barroso está certo
e o director também. Houve, na realidade, aumento substancial e muito louvável
da escolaridade, mas isso não deve servir para tolerar o abastardamento da
qualidade do ensino, e este é um facto. Se isso era inevitável no princípio da
mudança, não percamos de vista a diferença na qualidade que havia e há agora.
Tal como na assistência médica da China, após a revolução, foi necessário
recorrer temporariamente aos médicos “de pé descalço”, em Portugal urge acabar
agora com os “professores de pé descalço”. Assistimos frequentemente a disputas
entre o Ministério da Educação e os docentes em que o pé destes não foge para a
chinela porque nem sequer há chinela, ou seja, não há chinela nenhuma.
Por
outro lado, personalidades como esse génio chamado Ana Benavente
encarregaram-se de enformar o ensino da forma mais tosca, primária e
demagógica, para dizer o mínimo sobre o que se passa nas salas de aula do
ensino contemporâneo. E pelos socialistas não vai nada? TUDO! Hip, Hip… Urrah!!!
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